O impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede a arrecadação atingiu na quinta-feira passada (17) R$900 bilhões. Já nesta terça-feira (22) às 17h20 o valor já tinha passado dos R$931 bilhões.
“O valor equivale, ou é superior, ao PIB de países como Finlândia, Chile, Hungria, Portugal, Qatar, Angola, Bolívia, República Checa, Equador e Grécia”, afirma a entidade.
Segundo a Associação, o ‘montante foi arrecadado 12 dias antes do que em 2017 e representa o total de impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros desde o início do ano nos três níveis de governo: municipal, estadual e federal’. Em Minas Gerais até as 17h30 desta terça-feira foram arrecadados mais de R$64 bilhões e em Formiga mais de R$10 milhões.
O presidente da entidade, Alencar Burti, ressalta a alta da tributação. “Nunca é demais lembrar que o Brasil tem a maior carga tributária entre os países emergentes e, ao mesmo tempo, não oferece serviços públicos na mesma proporção. É preciso mais eficácia na gestão desse dinheiro”, cobra Burti.
O Impostômetro foi implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.
Outros municípios se espelharam na iniciativa e instalaram painéis, como Florianópolis, Guarulhos, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília.
O impostômetro pode ser acompanho também pelo site do mecanismo (confira aqui), onde é possível visualizar valores arrecadados por período, estado, município e categoria, além de acessar outras informações.
De acordo com dados do Impostômetro, o brasileiro trabalha 153 dias por ano para pagar impostos.
Como funciona
1) Diversos órgãos do governo, como a Receita Federal, enviam os dados para o sistema do Impostômetro. Todas as fontes são oficiais, ou seja, nada de especulação. Entram na soma: impostos, taxas e contribuições, multas, juros e correção monetária.
2) Os dados usados são sempre um valor projetado, baseado nos impostos cobrados. O valor que é de fato arrecadado geralmente traz uma margem de diferença de 2 a 3,5%, para mais ou para menos. Quando os dados reais são divulgados, o total é corrigido.
3) Todos os valores projetados são enviados e somados antes do Réveillon. À meia-noite do dia 1º de janeiro, o painel é zerado e recomeça a contagem: a cada fração de segundo, é adicionada uma quantia do volume total que foi previsto.
4) Em um dia, a média de arrecadação é de R$ 3,91 bilhões. O Sudeste responde por 64,19% desse montante, o Sul, 13,44%, o Centro-Oeste, 10,48%, o Nordeste, 8,77%, e o Norte, 3,12%. Só para pagar impostos, o brasileiro trabalha 150 dias do ano.
Fonte: Com informção da ACSP ||