Por estes dias temos sido bombardeados com imagens televisivas e pronunciamentos de líderes mundiais sobre os incêndios na Amazônia, com especial destaque para a parte brasileira, que se aproxima muito de uma histeria coletiva, com laivos de conspiração contra a soberania do Brasil. Algumas dessas imagens não só não correspondem à atualidade, como outras retratam fogos florestais ocorridos noutros locais do Planeta, numa verdadeira manobra de desinformação e de intoxicação da opinião pública mundial. A ideia é escamotear os reais interesses dos países desenvolvidos sobre a riqueza mineral e vegetal da Amazônia. Por outro lado, algumas declarações de políticos que manifestaram preocupações com os incêndios no Brasil, além do acinte contra um presidente legitimamente eleito, sofrem de falta de rigor científico, que acredito que o façam não por ignorância, mas por serem lugares comuns, muito ao gosto dos ambientalistas radicais, sempre prontos para barrar o progresso, mas nada dispostos para abandonarem as vantagens tecnológicas da vida moderna… como bastas vezes temos observado na qualidade de cidadão comum.
Em primeiro lugar há a esclarecer que a Amazônia não é um pulmão e muito menos do mundo… Pulmão só os mamíferos é que têm. O oxigênio que as plantas produzem é praticamente absorvido pelas próprias. Os grandes recarregadores de oxigênio da Atmosfera Terrestre são os Oceanos, através das algas. Em segundo, ocorre naquela região do Planeta dois tipos de incêndios durante o período menos chuvoso (só existem duas estações o chuvoso e o menos chuvoso) que vai de Junho a Setembro: um natural e outro provocado pelo homem, as chamadas queimadas. O natural resulta da ignição do metano libertado pela folhagem em decomposição no solo, que segundo alguns indígenas se chama “toguengo”(pronuncia-se o u), segundo percebemos de um testemunho indígena, ou, associado a trovoadas secas. E os ateados pelos agricultores e criadores de gado que o fazem para revitalizar os campos, incluindo os indígenas civilizados que na atualidade também criam gado e cultivam grãos. Aliás os ascendentes deste já o faziam há séculos. Antes da chegada do homem branco faziam-no para plantar mandioca, por exemplo. Outros fogos têm uma origem criminosa ou acidental. Acresce-se que nem sempre existem aceiros e existindo, não são mantidos. A natureza se encarrega de os cobrir de novo com o seu manto vegetal que irrompe até nas estradas, dada a sua vitalidade tropical. Ninguém obviamente faz queimadas para extrair madeira, como algumas declarações deixam perceber… Os madeireiros clandestinos ou autorizados quase sempre deixam para trás o material sobrante do corte das toras de madeiras e este material também é pasto para chamas…
Claro que há incúria humana, mas esta não apareceu agora e existe desde sempre e interessa a muita gente dentro e fora do Brasil. Se há extração clandestina de madeira da Amazônia, como de resto acontece noutras partes do Planeta, é porque há quem a compre e a quer o mais barato possível, como é óbvio. Porque os cortes autorizados tornam a matéria prima mais cara. Quem? A industria de processamento de madeiras para mobiliário, aglomerados, casas de madeira e pasta de papel. Onde esta se concentra? Nos países industrializados. Quem compra o belo e prático mobiliário da cadeia do IKA, uma multinacional sueca, por exemplo? Muitos dos que fazem coro com as manifestações pela conservação da Floresta Tropical, como observamos nestes dias… Dá para entender??? Só nisto já se vê a hipocrisia desta fúria Globalista contra o Brasil.
O presidente Bolsonaro tem irritado muita gente dentro e fora do país e o tem feito, na maioria dos casos, por uma boa razão: a defesa dos interesses do Brasil, para isso foi eleito. Em matéria da Amazônia a sua política pode-se resumir em duas coisas: 1ª., aquela rica região é inquestionavelmente brasileira e a 2ª., propõe-se explorá-la de forma sustentável. A um jornalista estrangeiro respondeu-lhe na cara e para início de conversa que “a Amazônia é nossa”, ponto!
Claro que o mundo rico e desenvolvido, que inventou o Aquecimento Global Antropogénico, que o transformou depois em “Mudanças Climáticas Antropogénicas”, porque mudanças climáticas sempre as houve e nada mais fácil que atribuí-las ao homem, sobretudo se possível aos povos que carecem de desenvolvimento, para quem alguns acham que estão a mais, para ultimamente virar para “Crise Climática”, com todo o dramatismo apocalíptico que a “mídia” comprada costuma fazer, não gostou. Só para se ter uma ideia operavam na Amazônia Legal mais de 500 ONGs ambientais, financiadas por fundos estrangeiros e da Petrobrás. As investigações levadas a cabo pelo governo confirmaram várias irregularidades no consumo desses fundos, nomeadamente que cerca de 80 % destes são consumidos por “empregos de cabide”, com viés ideológico (tacho em português de Portugal), e que nem sempre a sua ação se reveste da finalidade para qual se afirma terem sido criadas. Do nosso ponto de vista, não passam de guardas avançados dos interesses subterrâneos das potências industriais do Hemisfério Norte. Como primeira medida, o Presidente Bolsonaro fechou a torneira da parte que cabia ao Estado Brasileiro, via Petrobrás. A Noruega e a Alemanha em represália suspenderam suas doações e esta última foi mais longe e quer sanções comerciais, corroboradas pelo seu homólogo Francês, contra o Brasil. Ora Bolsonaro, que não tem papas na língua, que alguns por isso o acham impreparado para o cargo que mais 57 milhões de brasileiros o escolheram para o mesmo, mandou que gastassem o dinheiro na reflorestação do seus territórios, uma vez que há muito que desapareceu a sua mata nativa… para dar lugar, acrescentamos nós, ao desenvolvimento. Mas paradoxal é que a Alemanha, sempre tão ciosa e cobiçosa em terras alheias… é o país da União Europeia que mais polui o ambiente uma vez que a sua matriz energética é na sua maioria de origem de carvão mineral e lenhite. Por sua vez o Sr. Emmanuel Macron, pressionado pelos agricultores do Norte de France, tem nesta histeria amazônica o pretexto ideal de quebrar o acordo de comércio da União Europeia/Mercosul que na reunião do G20. Porém todos estão de facto, como diria o saudoso político brasileiro que foi candidato à Presidência do Brasil, Dr. Enéas Carneiro, Eles não estão interessados no bem da Amazônia, mas nos bens que ela tem (SIC).
Caros correspondentes convido-vos a ver o vídio abaixo da índia Yano Kalapalo, muito esclarecedor sobre as queimadas na Amazônia.
A ler o documento da Nasa, onde na nota explicativa atualizada até ao dia 22 de Agosto de 2019, pode-se ver que o número de focos de incêndio na Amazônia estava ainda a quem da média dos últimos 15 anos. Se quiserem podem abrir o link e ver que ao mesmo tempo decorriam outros fogos importantes na Rússia, no Alasca, no Canadá e até, para nosso espanto, na Gronelândia, que tem afinal um bosque a Sul do seu território, mas ninguém deu bola para isso. Curioso, não é?
Por fim, recomendo um olhar atento sobre a capa da Revista The Economist publicada no início de Agosto e leiam o texto que acompanha a mesma. Até parece que adivinhavam o que desejavam que acontecesse… Só quem acredita no pai Natal é que não vê um interesse todo especial, conspirativo até, no caos que gostariam que ver na Amazônia. Felizmente a realidade foi outra e só o Sul do Estado do Amazonas, Mato-Grosso é que ocorreram os fogos, além da Bolívia e do Paraguai.
Nota final. Salvaguardo que, ao contrário do que se possa pensar, não somos a favor de uma exploração desbragada do Planeta como aconteceu em tempos idos, não! De maneira nenhuma. O que entendemos é que os povos têm direito ao desenvolvimento e se têm recursos próprios, têm o direito natural de os explorar racionalmente, servindo-se dos melhores métodos e técnicas que permitam fazê-lo minimizando os efeitos negativos que existem em qualquer tipo de atividade extrativa. Não sejamos radicais ao ponto de nada se fazer para uns quantos idiotas úteis ficarem em paz com as suas consciências de pequeno burgueses, que não prescindem dos benefícios que a tecnologia oferece hoje. Essa, por exemplo, de não se querer que se explore o lítio português, mas a seguir não dispensam um telemóvel, tablet, etc. de última geração, e aplaudem os carros elétricos e trotinetes que já infestam as grandes cidades, é que não dá!!! Sejamos coerentes.
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