O Unifor-MG divulgou o Boletim do Índice de Preços ao Consumidor de Formiga (IPC-FGA) referente ao mês de março de 2023.
O Índice de Preços ao Consumidor de Formiga (IPC-FGA) referente ao mês passado trouxe uma inflação de 0,80%. O valor é 12,7% superior à inflação brasileira registrada no mesmo mês: 0,71%.
Segundo o boletim (confira aqui), em uma comparação aos índices do mês anterior, o município apresenta em março um “efeito rebote”, já que a alta de preços de bens e serviços na cidade foi a metade da inflação brasileira em fevereiro: 0,42% em Formiga e 0,84% no país.
Essa elevação da inflação em Formiga em março é atribuída ao grupo “Transportes”. “Esse grupo apresenta produtos atrelados aos preços médios praticados em âmbito nacional (como é o caso dos combustíveis e automóveis) e se sobrepôs às características locais, aumentando a inflação no município e embargando os aspectos regionais, tipificados pelo consumo”, explica o boletim.
O IPC-FGA é resultado de um projeto de iniciação científica implantado em agosto de 2022 no Centro Universitário e visa divulgar a cada mês, a variação dos preços no município. Já o IPCA-Brasil é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa é desenvolvida pela aluna do curso de administração, Laís Milene Gomes Ribeiro, e é orientada pela professora Jussara Maria Silva Rodrigues Oliveira.
De acordo com o Unifor-MG, o IPC-FGA se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada, e é obtido a partir das fórmulas empregadas pelo IBGE no cálculo do IPCA, sendo os fatores de impacto (pesos) de cada item adaptados a partir de Belo Horizonte.
São coletados, entre os dias 5 e 15 de cada mês, os preços médios de 209 itens, divididos em nove grupos, nos quatro estabelecimentos de maior relevância econômica da cidade.
A inflação
De acordo com o boletim referente a março, entre os nove grupos pesquisados, seis apresentaram variação positiva nos preços, ou seja, inflação. O grupo “Transportes” registrou a maior alta (0,73%), o que se deve ao aumento da gasolina e do álcool, além da valorização do carro usado. Este índice só não foi maior graças à redução expressiva no litro do diesel (-15,21%).
“Saúde e Cuidados Pessoais” foi o segundo grupo com maior alta nos preços (0,38%), percentual ainda maior do que no mês anterior, puxado pelo reajuste nos preços dos antitérmicos, antigripais e produtos de higiene oral (cremes dentais e enxaguantes bucais). O terceiro grupo com expressão inflacionária foi “Artigos de Residência” (0,23%), desta vez, incrementado pelos preços dos colchões, cobertores e lâmpadas.
“Educação” (0,06%), “Habitação” (0,03%) e “Comunicação” (0,01%) fecham o grupo inflacionário.
O boletim também traz a queda de preços. O grupo “Despesas Pessoais” registrou a maior deflação (0,33%), alimentada pela prestação de serviços estéticos a domicílio. “Vestuário” também registrou deflação (0,21%), proporcionada pela liquidação dos estoques de roupas de verão (bermudas, shorts, chinelos e outros). Peixes, toucinho, alimentos em conserva (sardinha, milho verde, azeitona e outros) e pão-de-queijo contribuíram significativamente para que o grupo “Alimentação e Bebidas” registrasse queda nos preços (0,11%).
Ainda nesse mesmo grupo, embora o fator de impacto não seja tão elevado, altas expressivas foram registradas para o corte de carne acém (28,02%), cebola (27,58%) e farinha de trigo (23,67%).
Com informações de O Pergaminho
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