Gabriela Melo, de 29 anos, buscou por 5 anos alternativas para superar um trauma vivido em um momento de descontração. A mineira contraiu uma infecção bacteriana em 2017 ao pisar em espinhos — não identificados — durante um dia em um sítio em Ubá, cidade onde nasceu.

Foto: Gabriela Melo/Arquivo pessoal
Depois de um período de resistência, a jovem optou por amputar a perna e colocar uma prótese. A medida precisou ser tomada após uma segunda inflamação no osso, que poderia ocasionar em uma segunda endocardite no coração. A doença consiste em uma infecção no órgão. Em novembro, o sonho de ter uma vida nova se tornou realidade.

Foto: Reprodução/Redes sociais
“Saí andando no mesmo dia que o Dr. Fabrício — médico que realizou a cirurgia — fez o molde para mim”, disse Gabriela.
“Me senti liberta. Foi uma felicidade gigante. Estou andando muito melhor do que antes. Graças a Deus já adaptei com a prótese. Tenho uma vida normal”, complementou a jovem.
Durante o processo, a jovem se apegou a história da digital influencer Paola Antonini. Ela escreveu um livro, onde conta que também perdeu uma das pernas após um acidente. Para conseguir seguir, Gabriela Melo fez academia, terapia e espera voltar a jogar futsal em breve, além de outros esportes.
“Quero conseguir mostrar para o máximo de pessoas que é possível ser PCD (Pessoa Com Deficiência) e ter uma vida feliz e normal”, finalizou.
Era um dia comum de dezembro no sítio da família da jovem em 2017. Gabriela Melo caminhava descalça, quando percebeu algumas pontadas no pé no momento em que pisou no barro formado após as típicas chuvas de verão na cidade mineira.
Os primeiros sintomas percebidos nos dias posteriores foram dores intensas nos membros e nas articulações, febre em torno de 40 ºC e fadiga. Ainda naquele mês, a moça procurou um especialista em ortopedia para garantir que nada havia de errado.

Foto: Gabriela Melo/Arquivo pessoal
Com pouca melhora, em 3 de janeiro de 2018, a jovem foi internada para verificar a real situação. Uma cardiologista acompanhou o caso e detectou a concentração de bactérias na válvula do coração, a partir do exame de ecocardiografia transesofágica.
Também houve comprometimento do fígado e hemorragias em outros órgãos, obrigando Gabriela a passar por diversas transfusões de sangue. Com o agravamento da situação, ela foi transferida para a UTI, onde permaneceu em coma.
Controlada a infecção e já em casa, ela ainda passou por dias difíceis no tratamento, inclusive sem poder andar.
Daquele 2017 em diante, a vida de Gabriela nunca mais foi a mesma. Durante todo esse tempo, foram várias as dificuldades enfrentadas por ela na rotina diária. Até que, em setembro deste ano, ela e a equipe médica optaram por uma dolorosa solução: amputar a perna.
A necessidade do procedimento foi confirmada quando a médica que cuida da ubaense constatou uma osteomielite, inflamação do osso causada por infecção, que estava tomando o pé atingido pelos espinhos.
Segundo a equipe médica, o novo caso clínico poderia comprometer novamente o coração em uma endocardite. Desta forma, não houve outra decisão a não ser amputar do membro. “Só fomos saber da ligação entre os espinhos e a doença 2 meses após começar a passar mal”, finalizou.
Fonte: G1
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