Um novo desdobramento chocante da Operação Integration: a Justiça determinou a prisão de Gusttavo Lima. A decisão foi dada pela juíza Andréa Calado da Cruz, a mesma que impediu a soltura de Deolane Bezerra. O fato foi noticiado em primeira mão pelo jornal Folha de São Paulo e confirmado pela reportagem do portal LeoDias.
A decisão foi expedida durante esse domingo (22), e, além do Embaixador, o empresário Boris Maciel Padilha também teve a prisão decretada.
Gusttavo Lima também terá o passaporte e o certificado de registro de arma de fogo retidos pela Justiça.
Na decisão, Andréa Calado da Cruz se opôs ao Ministério Público que havia devolvido o inquérito à Polícia Civil de Pernambuco e solicitado a substituição das prisões preventivas de todos os acusados, incluindo Deolane e Solange Bezerra, e pediu as prisões de Gusttavo Lima e Boris Maciel, até então livres.
“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, diz a decisão.
Segundo a juíza, ao voltar de uma viagem à Grécia, uma aeronave que transportou o cantor e outros dois investigados pode ter deixado dois suspeitos no exterior.
“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, afirma a juíza.
Operação Integration
A Operação Integration investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de apostas ilegais. Ao todo, a Justiça bloqueou R$ 2 bilhões de 53 alvos, entre empresas e pessoas físicas.
Foram apreendidas duas aeronaves e dois helicópteros, avaliados em R$ 127 milhões, cinco automóveis de luxo, bolsas de luxo, joias e relógios.
Fonte: Portal Leo Dias/Jornal Opção