Depois de ouvir o funcionário responsável pelo desvio de recursos do caixa (Banquinho) do SAAE, que funciona no saguão principal da Prefeitura, e de também inquirir a outros funcionários da mesma autarquia, chegou a vez de Sérgio Lasmar (diretor), se explicar perante a CPI instaurada pela Câmara Municipal.
Acompanhado da advogada da autarquia, que estranhamente não acompanhou os demais funcionários em seus depoimentos, Sérgio durante quase uma hora respondeu os questionamentos a ele dirigidos e que, se comparadas suas afirmações com as dos que o antecederam, mais uma vez, restará provada uma série de contradições havidas entre eles quando discorreram sobre os mesmos temas. Isto dificulta o que os vereadores buscam (o fio da meada) naquela espécie de acareação virtual.
O relator deixou claro em bate-boca iniciado com o diretor da autarquia que suas conclusões serão, sim, encaminhadas ao Ministério Público e a outras autoridades que ele julgar conveniente, de vez que, segundo transpareceu de sua resposta, não houve por parte do funcionário (Sérgio) o devido zelo com a coisa pública, conforme dever-se-ia esperar de um dirigente de alto nível.
Sérgio chegou a dizer que se dependesse dele, o banquinho já estaria fechado e informou que o caso em pauta (do desvio promovido pelo funcionário Juninho) não era o único que ali ocorrera nos últimos tempos. Disse ainda, que não demitiu o funcionário tão logo tomou conhecimento dos fatos porque pretendia que ele ressarcisse aos cofres do SAAE e da Prefeitura, o que ainda estava por se apurar. Além disto, as despesas com sua demissão seriam superiores ao que eles imaginavam que havia sido desviado. A Prefeitura também acabou sendo lesada pelo mesmo funcionário que aplicou o golpe por meses a fio enquanto exercia as funções de caixa recebedor e deixava de autenticar guias recebidas de incautos contribuintes (todos de boa fé) e que acreditavam que dentro da Prefeitura não havia chance de que tais golpes fossem aplicados.

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