Não queria mais escrever sobre Lula -exceto quando ele for condenado-, eu denuncio Lula desde maio de 2002 quando escrevi o artigo “uma ideologia para Lula”, e era um dos poucos que já suspeitava do viés corrupto e incompetente da oligarquia petista. Porém, alguns aspectos da denúncia dos procuradores de Curitiba chamam a atenção.

Fiquei surpreso com a repercussão em alguns países como a França e Portugal, estavam convencidos de haver um “golpe”, ou seja, parece que nesses países os poderosos não precisam seguir a lei como os cidadãos comuns. No Brasil, ao contrário, tem lei e vale para todos, inclusive para o presidente. Não muito diferente de outros países como o Japão, em janeiro, o ministro Akira saiu do governo porque recebeu 8.400 dólares de propina!

E Lula? Pobre Lula! Ele acredita estar acima da lei e porque fez, ou melhor, ampliou alguns programas sociais. A mesma visão de quem enriquece não muito licitamente, tornam-se benfeitores em busca da redenção social.

Sem ter muito do que falar, classifica-se então a denúncia dos procuradores de espetáculo e sem provas… Oras! E desde quando a abertura de inquérito é preciso conter provas? Nessa fase precisa-se de evidências. E como elas abundam! Espetáculo? Oras! Quando, em julho de 2005, a Polícia Federal invadiu a Daslu e prendeu a dona e sócios, com uso de algemas inclusive, Lula veio a público comemorar a prisão de “poderosos”. Nada mudou senhor Lula, agora o poderoso é o senhor!

Outra crítica aos procuradores foi que eles incluíram crimes que não fazem parte do inquérito. Oras! Tive a sorte de assistir à apresentação dos procuradores, apresentaram todo o enredo, se algumas partes não fazem parte do que será julgado pelo juiz Moro, sem elas o entendimento da organização ficaria prejudicado. Foi uma excelente apresentação.

Os procuradores observaram que após a prisão de José Dirceu, o esquema continuou, demonstrando que não era Dirceu o chefe da quadrilha. Para eles, Lula, após assumir o cargo de Presidente da República, comandou a formação de um esquema de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer e -conforme Jefferson Peres já havia denunciado bem antes-, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar as campanhas eleitorais dos aliados.

Para a força-tarefa da Lava Jato Lula comandou o esquema de corrupção na Petrobras, com a empreiteira OAS, desviou ao menos R$ 87,6 milhões da estatal. E teria recebido R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas da empresa, como a compra do tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, R$ 1,1 milhão, mais R$ 926 mil para reformá-lo e R$ 350 mil para instalar equipamentos de cozinha, e ainda R$ 1,3 milhão para armazenar bens de Lula.

Foram também denunciados a ex-primeira-dama Marisa Letícia; os executivos da OAS Léo Pinheiro, Agenor Franklin Medeiros e Paulo Gordilho; o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto; Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira. Lula já responde em Brasília por obstrução da Justiça na Lava Jato, atuando para evitar a delação do Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Mais dia, menos dia, Lula vai preso!

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