Após reuniões e muita espera foi esse o resumo da ópera:

Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes

Na manhã desta segunda-feira (20) várias mães, cujos filhos sofrem com o transtorno do Espectro Autista se reuniram para protestar sobre as adequações realizadas pela atual gestão nas escolas municipais.

A preocupação principal das mães que lá se encontravam refere-se ao acompanhamento dos alunos com autismo, conforme nova proposta a ser adotada pela secretaria municipal de educação. Pela proposta os alunos serão acompanhados inicialmente por auxiliares recém contratados com a supervisão de professores, dependendo do estágio escolar que se encontram.

O agrupamento de alunos, segundo entendem as mães, dependendo do caso poderá ser prejudicial ao desenvolvimento do aluno.

A certeza das mães apontam para a constatação de que dificilmente os auxiliares terão o mesmo conhecimento das professoras portadoras de cursos especializados para tal.

Não estamos aqui duvidando da capacidade profissional deles (auxiliares). Eles serão um complemento. A nossa preocupação é que a curto prazo todos esses alunos sejam assistidos somente por auxiliares, o que para nós significa um retrocesso. Queremos melhorias na qualidade das escolas, não só físicas, mais também do ensino, contratando mais profissionais e professores. E a grande pergunta é o quanto se pretende economizar financeiramente adotando esta medida, já que em anos anteriores se comprovou que o método antes adotado funcionou bem.

Com a notícia de que novas secretarias sejam criadas, pergunto: Será que a educação de nossos filhos e que bancará este aumento de despesa”?

Algumas líderes do movimento foram convidadas a participar de uma reunião, a porta fechada, com o prefeito coronel Laércio, a vice-prefeita Taciana Carvalho e com a Secretária de Educação Maria Lúcia de Oliveira Andrade. Estavam presentes também os vereadores; Cid Correa, Joice Alvarenga, Thiago Pinheiro, Flávio Martins, Luciano do Gás, Daniel Rodrigues e Osânia Silva.

A imprensa não pode participar da reunião sob a alegação de ser mantida a ordem e de se evitar que os ânimos dos manifestantes aglomerados em grande número à porta da prefeitura pudessem se exaltar mediante algum vazamento de fala dos participantes, sem que a decisão definitiva houvesse sido tomada pelo prefeito.

Ao final desta tarde, por volta das 15h este órgão de imprensa recebeu uma série de vídeos encaminhados pelo representante da Agência M3 contendo declarações de vereadores, de mães de alunos e outros participantes da manifestação.

Sobre a manifestação: A aglomeração de participantes iniciou-se por volta das 8h e em seu ápice chegou a contabilizar cerca de 150 pessoas, nesse, incluídos alunos e alguns vereadores na condição de apoiadores. São eles: Cid Correa, Thiago Pinheiro, Joice Alvarenga, Daniel Rodrigues, Flávio Martins.

A secretária de educação defendeu a adoção da medida afirmando que a única coisa de diferente na proposta tratava-se da possibilidade de agrupamento de alunos. Desde que as condições dos alunos assim permitissem.

Portanto, no entender dela (secretária) é totalmente infundada a afirmação de que os professores estão sendo retirados (vide vídeo abaixo).

Os organizadores (Associação Família Formiga Azul) publicou nota na manhã de hoje afirmando que a passeata programada estava mantida, mesmo após haver se reunido na noite de domingo (19) com o prefeito Laércio, sua vice Taciana Carvalho e a secretária Maria Lúcia.

NR: Esta matéria deverá ser atualizada tão logo recebamos informações a respeito, emitidas pela Câmara Municipal ou pelo município.

Crédito vídeos: divulgação Agência M3

Nota da Câmara Municipal de Formiga

Na manhã desta segunda-feira, 20 de janeiro de 2024, o gabinete do Prefeito Coronel Laércio foi palco de uma reunião que abordou um tema de extrema relevância: a educação inclusiva para crianças atípicas na rede municipal de ensino. Acompanhado pela vice-prefeita Taciana Carvalho e pela secretária de Saúde Maria Lúcia Oliveira Andrade, o Prefeito recebeu vereadores, professores e representantes da comunidade escolar para tratar das mudanças no quadro de contratações da Secretaria Municipal de Educação.

A reunião foi agendada pelo vereador Flávio Martins, que atendeu a solicitação de mães de crianças atípicas, professoras e demais participantes do processo educacional. Estiveram presentes os vereadores Wolkimar Menezes, Daniel Rodrigues, Thiago Pinheiro, Joice Alvarenga, Osânia Silva, Luciano do Gás e Cid Corrêa, que reafirmaram seu compromisso com a causa e destacaram a importância do diálogo entre Legislativo e Executivo para sanar quaisquer problemas.

O principal ponto da pauta foi buscar esclarecimentos sobre as supostas mudanças no quadro de contratações da Secretaria Municipal de Educação, que preveem a substituição de professores de apoio por assistentes de educação especial. A preocupação das famílias e educadores é que tal alteração possa impactar negativamente o suporte pedagógico oferecido às crianças.

A secretária de Educação esclareceu que houve um aumento significativo no número de crianças atípicas na rede municipal de ensino, o que levou à necessidade de adaptações. Segundo ela, o agrupamento de alunos que demandam atendimento especializado já existia, mas foi realizado um reagrupamento com o objetivo de otimizar os recursos. A medida incluiu a substituição de alguns professores de apoio por auxiliares de educação especial capacitados para atender essas demandas.

Durante o encontro, foi detalhado que, nos anos iniciais da alfabetização, os professores de apoio atuarão e os auxiliares de educação especial só serão escalados para dar apoio a alunos a partir do segundo ano, conforme o nível de alfabetização das crianças. A Secretária de Educação, Maria Lúcia de Oliveira Andrade, destacou que avaliações periódicas serão realizadas para garantir a qualidade do atendimento e os resultados alcançados. “Nosso compromisso é garantir a inclusão e o suporte pedagógico adequados para que nenhum aluno seja prejudicado. Caso a adaptação não atenda às necessidades, cada caso será analisado individualmente para ajustes”, explicou a secretária.

Os vereadores presentes destacaram a importância de manter o diálogo aberto e transparente com a população, bem como a disposição de trabalhar em conjunto com o Executivo para garantir que as políticas de educação inclusiva atendam às expectativas das famílias e respeitem os direitos das crianças atípicas.

A reunião marcou mais um passo importante na busca por soluções que promovam uma educação igualitária e de qualidade para todos.

 

 

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