Pelo menos 1.841 candidatos a governador, senador e deputado tiveram suas candidaturas para as eleições deste ano questionadas pelas Procuradorias Regionais Eleitorais (PRE) em 25 Estados e no Distrito Federal. Apenas em Minas Gerais, foram 1.141 impugnações, 64% do total de pedidos registrados no Estado (1.777).
Alguns Estados ainda não concluíram o processo de impugnação ? o prazo termina sábado (19). De acordo com balanço parcial divulgado nesta quarta-feira (16) pela Procuradoria-Geral da República, que não inclui Alagoas e Santa Catarina, o total de impugnações de candidaturas subiu de 626, divulgado na terça (15), para 1.818 em 23 Estados mais o Distrito Federal.
A alta deve-se justamente à divulgação da lista de Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Na maioria dos casos, a impugnação ocorreu porque o candidato deixou de apresentar documentos exigidos pela legislação eleitoral. Em 17 das situações, foi por causa da Lei da Ficha Limpa.
Outros Estados
No Distrito Federal, foi questionada a candidatura do ex-governador José Roberto Arruda (PR), que pleiteia novamente o cargo. A Procuradoria Regional Eleitoral do DF entendeu que Arruda é ficha suja. Ele foi condenado em 1ª e 2ª instância pela participação no esquema conhecido como mensalão do DEM.
A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que tenta a reeleição, teve o registro contestado, por ter uma condenação por ato de improbidade administrativa.
No DF, também foi impugnado o registro da candidatura ao governo de Percilliane Marrara (PCO), por falta de prestação de contas em eleição anterior.
Na Bahia, as 30 ações de contestação referem-se a candidatos aos cargos de deputado federal e estadual.
Segundo levantamento da reportagem junto às Procuradorias Regionais Eleitorais, em Santa Catarina, foram 16 candidaturas impugnadas, e em Alagoas, sete, o que soma o total de 1.841 impugnações.

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