Nesta sexta-feira (5), Dia da Amazônia, mais de 20 atividades estão sendo promovidas por organizações, movimentos sociais e coletivos da sociedade civil em pelo menos oito estados brasileiros. As ações têm como objetivo ampliar a conscientização sobre a emergência climática e reforçar a mobilização para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, capital do Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro.
Com o tema “Celebrar a Amazônia e os biomas é soberania”, a programação busca destacar a importância do maior bioma brasileiro, que neste ano sediará o mais relevante evento climático global. As atividades propõem discutir as ameaças ambientais e a crise climática como questões centrais para a soberania nacional e para a vida cotidiana da população mundial. Para os organizadores, exercer soberania também significa proteger os povos, a terra e a vida.
Ao mesmo tempo em que alertam para os desafios climáticos, as ações celebram a abundância da Amazônia e dos demais biomas do país. De acordo com a organização do evento, a intenção é reforçar o protagonismo dos povos originários e das comunidades tradicionais — incluindo quilombolas, ribeirinhos e camponeses — que, segundo o texto de divulgação, são “referência inclusive para as populações urbanas”.
“As comunidades e os territórios têm papel fundamental na proteção da Amazônia e de outros biomas, e devem ter essa importância reconhecida. As mudanças climáticas já afetam o dia a dia das pessoas no Brasil e no mundo, e a data também se torna um chamado global dentro do circuito de mobilizações rumo à COP30”, destaca o comunicado oficial.
Deuza Brabo, integrante do Coletivo Reocupa, enfatiza que a programação também tem o objetivo de revelar a diversidade presente na região. “Existem inúmeras Amazônias dentro da Amazônia. A maioria das atividades ocorre em locais públicos para aproximar as comunidades. Com o tema deste ano, a gente pretende mostrar o quanto a Amazônia é potente, mas que há eventos extremos climáticos, de devastação”, afirmou.
Além do Coletivo Reocupa, a mobilização conta com a participação de diversas entidades, como a Associação Cultural Na Cuia – Comitê de Comunicadores Populares das Baixadas de Belém, a Associação Intercultural de Hip-Hop Urbanos da Amazônia, a Comissão Solidária Vila da Barca, o Coletivo Etinerâncias, o Fórum Paraense de Juventudes, o Instituto Clima e Sociedade (ICS), o Instituto Mapinguari, o LabExperimental, o Condô Cultural, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Observatório do Marajó, o Projeto Aldeias, a Rede Emaranhadas e a Seja Democracia.
As ações realizadas no Dia da Amazônia integram um movimento mais amplo de valorização dos biomas e de construção de respostas coletivas frente à crise climática, com foco na participação popular e na defesa dos territórios.
Com informações da Agência Brasil