Alunos e professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Divinópolis, protestaram, na quarta-feira (23), de forma silenciosa, contra uma pichação na parede de um dos banheiros com apologia nazista: estava escrito “morte aos Judeus” e “Viva Hitler”.
Em cartazes colados na parede da unidade, os alunos pediam por denúncias para identificar o autor e penalizações. A UEMG voltou a dizer que vai apurar o caso e que foi instaurado um processo administrativo. Segundo a unidade, a pichação foi feita em um banheiro do bloco 2 da instituição e foi vista pela primeira vez na manhã desta quarta.
Manifestação
Durante a manifestação, os alunos pediram providências para identificar e penalizar o responsável. Nos cartazes colados pelos alunos, há a mensagem “universidade pública fascista não se cria, se extermina” e “Nazismo é crime: denuncie!“.
O material também ressalta que denúncias são efetivas, disponibiliza o e-mail da diretoria da unidade e pede para quem souber sobre o autor denunciar aos diretores.
“Não podemos aceitar que, em pleno século 21, tenhamos pessoas com esse tipo de pensamento dentro de uma universidade. Nosso espaço é para ampliar conhecimento e construir uma sociedade justa e igualitária. Se temos alguém que pensa em segregação entre nós, esse alguém deve ser punido“, disse o aluno do curso de jornalismo Bruno Bueno.
Durante a manifestação os alunos pediram providências para identificar e penalizar o responsável. A diretora da universidade, Ana Paula Martins, disse que foi instaurado um processo administrativo para que seja aplicada advertência aos envolvidos.
Processo administrativo
Em nota divulgada na quarta-feira, a universidade afirmou que vai aplicar punições previstas no Regimento Geral da Universidade.
“A UEMG Divinópolis vem a público informar que repudia este tipo de ação e que tomará todas as providências necessárias para apurar o caso. Após a apuração, serão aplicadas as punições previstas no Regimento Geral da Universidade“.
Indignação
A UEMG se manifestou sobre as ofensas em uma rede social e a postagem gerou comentários de indignação.
Os alunos do curso de jornalismo da unidade, Bruno Bueno e Layla Azevedo, disseram que na universidade a indignação é generalizada.
“Espero que as providências sejam tomadas. É inadmissível que em 2022 esse tipo de coisa aconteça. A faculdade é um espaço para discussão, pluralidade de todos os temas, menos os temas horrendos como este. A manifestação sobre isso é muito ruim e totalmente desanimador“, disse Bruno.
” Isso é totalmente antiético, ridículo e eu espero que a universidade tome as providências e resolva esse problema“, destacou Layla.
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Foto: Bruno Bueno/Divulgação
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fonte: G1