A campanha de Pablo Marçal (PRTB) protocolou uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pedindo que José Luiz Datena, do PSDB, pague R$ 100 mil ao ex-coach a título de indenização por danos morais. O motivo foi a cadeirada que o tucano deu no empresário durante debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Cultura, no último dia 15.

A equipe jurídica de Marçal diz que a agressão do apresentador de TV foi premeditada e provocou “efeitos devastadores” na esfera moral, física e psicológica do candidato do PRTB, além de “constrangimento e humilhação pública” ao ex-coach. Na petição, os advogados também citam que Marçal sofreu uma fratura no sexto arco costal e uma lesão no punho direito.

A conclusão feita pelo legista que realizou o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) foi de que o candidato do PRTB sofreu uma lesão leve e sem indícios de fratura. Em uma ação anterior, Marçal apresentou à Justiça Eleitoral uma notícia-crime contra o tucano por crime de injúria. Datena, por sua vez, acionou à Justiça contra Marçal por calúnia e difamação.

Independente dessas ações, o Ministério Público Eleitoral (MPE também investiga o episódio. Cerca de 45 minutos antes de levar a cadeirada no debate, Marçal provocou Datena e se referiu ao adversário como “jack”, gíria comum em presídios para identificar acusados de estupro. Marçal recuperou uma denúncia de uma ex-funcionária da Band, emissora que tinha Datena no comando de um programa policial, que acusou de assédio sexual.

O processo correu na Justiça de São Paulo, mas o caso foi arquivado pela Justiça em 2019. A referência à denúncia foi o principal motivo que levou Datena a dar uma cadeirada em Marçal durante a transmissão do debate. O candidato tucano reconheceu que errou ao agredir o adversário, mas reiterou que não se arrepende devido à postura de Marçal, marcada por ataques, acusações e ofensas aos demais oponentes.

Fonte: O Tempo

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