Minas Gerais registrou ao menos 220 ocorrências de morte por afogamento entre janeiro e agosto deste ano. O número representa, em média, 27,5 mortes por mês. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o mês de setembro deve fechar com índice bastante elevado.

Conforme a corporação, durante todo o ano de 2014, foram 385 ocorrências de morte por afogamento no Estado. O Corpo de Bombeiros explica que o aumento da temperatura traz também o aumento da procura por locais para se refrescar como rios e cachoeiras. “O grande problema é que muitas pessoas não adotam os cuidados necessários e acabam tornando-se vítimas de afogamento”, diz a corporação.

Para tentar prevenir esse tipo de acidente, os bombeiros fazem alguns alertas e dá orientações. De acordo com o Sargento Benedito Eduardo Lima, instrutor de Atendimento Pré-Hospitalar, o uso de bebidas alcóolicas ainda é um dos grandes causadores dos casos de afogamentos. Segundo ele, o uso do álcool, aliado ao fato das pessoas escolherem locais desconhecidos e sem segurança para nadar pode resultar em mais uma ocorrência. “Orientamos que os banhistas não se aventurem e nem abusem da autoconfiança. Mais de 80% dos casos de afogamento ocorre em lugares onde não há guarda-vidas”, alerta. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) aponta ainda que 85% dos afogamentos do mundo poderiam ser evitados.

Durante os atendimentos os bombeiros se deparam com situações que ajudam a tornar uma diversão muito mais perigosa. “É comum, por exemplo, as pessoas improvisarem boias com materiais que não são adequados como colchões infláveis, garrafas pet e até mesmo pneus”, conta. Segundo o Sargento Benedito, as mortes provocadas por afogamento também produzem um impacto social. “A maior parte dos óbitos que atendemos são homens na faixa de 25 a 40 anos, ou seja, pessoas em idade ainda produtiva. O militar complementa que o comportamento adotado pelas pessoas pode minimizar os riscos e evitar que ela se afogue. “É importante ter um comportamento diferente. A prevenção é o mais importante”, finaliza.

 Dicas


• No barco, caiaque ou lancha, use sempre colete salva-vidas e nunca tire a proteção para mergulhar.

• Obedeça à sinalização de perigo pois dela também depende a sua vida.

• Mantenha distância das pedras e bocas de rios, pois o que lhe parece bonito e atrativo constitui também um perigo

 • Nunca entre na água após as refeições. Quando estiver na praia ou pescando num rio, coma somente alimentos leves. Dessa maneira, não terá congestão nem perderá o equilíbrio.

• Não deixe crianças brincarem sozinhas na praia, na beira de rios, lagos ou piscinas.

Escolha o local para nadar:

 

• Procure um local conhecido e vá sempre acompanhado

• Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou em águas poluídas

• Não faça uso de bebida alcoólica

 • Não se afaste da margem

 • Não pule de cima de cachoeiras

 .  Não tente salvar pessoas sem possuir habilitação para isso

 • Prefira jogar flutuadores para salvar pessoas ao invés de entrar na água para salvá-la• Evite brincadeiras de mau gosto (“caldos”, “trotes”, “saltos”)

 • Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Guarda-vidas

 Em caso de emergência, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros Militar, pelo número 193.

 

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