Duas semanas após garantir que a desobrigação do uso da máscara contra a Covid-19 sequer seria discutida antes da chamada imunidade de rebanho, o Estado voltou atrás e já ensaia uma flexibilização. A medida pode ocorrer antes do previsto, mas ainda com muita cautela e só após o avanço da vacinação.

Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que o equipamento de proteção pode se tornar facultativo em lugares abertos e arejados até dezembro. 

O “abandono” do acessório em parques, praças e ruas depende de uma cobertura vacinal de 70% – duas doses ou dose única – da população adulta. Antes, chegou a se dizer que seriam necessários 80%.

Atualmente, seis a cada dez mineiros maiores de 18 anos estão protegidos.

A pasta reforçou que os demais protocolos sanitários são indispensáveis para “o sucesso dos esforços no enfrentamento da pandemia”.

Desobrigação 

Tornar o uso das máscaras de proteção facultativo em locais públicos tem ganhado cada vez mais força no país. No Rio de Janeiro, um decreto deve ser publicado ainda nesta semana.

Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) também abordou a questão em entrevista nesta segunda-feira, na qual afirmou que a medida deve ocorrer “em semanas” no Estado. 

“Nosso número de casos de internação e também de óbitos tem caído dia a dia há mais de 120 dias. Isso demonstra que o processo de imunização tem funcionado”, disse o governador à CNN Brasil. 

Zema acredita que em ambientes abertos com grande aglomeração, como estádios de futebol, a obrigatoriedade ainda deverá seguir. 

Sem mortes

Também nessa segunda, nenhuma morte por Covid-19 foi confirmada em Minas, segundo o boletim epidemiológico da SES. No entanto, não significa que ninguém morreu nas últimas 24 horas. Além de uma já esperada defasagem no relatório do fim de semana, a SES admitiu uma instabilidade no sistema.

Já para o número de casos houve alteração. Desde domingo, foram 222 registros, elevando para 2.178.158 o total de infectados desde o início da pandemia, em março do ano passado.

Em Minas, 2,1 milhões de pessoas já se recuperaram da enfermidade. Outros 22,4 mil pacientes seguem em acompanhamento, internados ou em isolamento social.

Fonte: Hoje em Dia

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