O Ministério da Saúde estuda reduzir para cinco dias o tempo de isolamento para pessoas com diagnóstico positivo para Covid-19. A declaração foi dada pelo ministro Marcelo Queiroga, nesta sexta-feira (7), que informou que “possivelmente” a nova orientação será adotada, mas não deu detalhes de como deve funcionar e quais casos deverão ser enquadrados.

Atualmente, a recomendação oficial no Brasil, prevista em portaria do Ministérios da Saúde, é que pessoas assintomáticas ou que testarem positivo para a doença com sintomas leves ou moderados permaneçam isoladas por dez dias. Para casos graves ou críticos, o isolamento deve ser de 20 dias.

Para embasar a análise, o ministro citou decisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos que, em dezembro de 2021, diminuiu de dez para cinco dias o período de isolamento de positivados para a doença se não apresentarem sintomas e usarem máscaras por perto de outras pessoas por pelo menos mais cinco dias.

Queiroga citou, ainda, a permissão concedida na França para que profissionais de saúde infectados pelo coronavírus, mas com pouco ou nenhum sintoma, continuem atendendo os pacientes em vez de cumprirem isolamento. A medida foi tomada para reduzir a falta de pessoal nas unidades de saúde após o aumento de casos.

“O CDC já deu essa recomendação, o governo francês está inclusive autorizando profissionais de saúde que estão positivos a atenderem na linha de frente por conta do número de casos. Então isso está sendo analisado”, disse Queiroga a jornalistas na portaria do Ministério da Saúde.

Ao ser questionado se a nova orientação será adotada pelo governo brasileiro, o ministro respondeu que “possivelmente, porque isso está sendo adotado em outros países e tem assento em evidências cientificas”. “É possível que nós adotemos essa mesma conduta”, completou.

Ele acrescentou que o assunto está sendo analisado por áreas técnicas da pasta, como a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid).

A mudança no período de isolamento, se confirmada, acontece em meio ao avanço no Brasil da variante ômicron, considerada de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e ao maior registro diário de casos desde setembro de 2020. Segundo o último balanço do consórcio de veículos de imprensa, divulgado na noite dessa quinta-feira (6), o país teve 45.717 casos confirmados de Covid-19.

Fonte: O Tempo

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