O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento para investigar a autoria e veracidade de uma postagem no TikTok intitulada “Lista do Massacre”, que está assustando pais e alunos no Brasil. A publicação anônima cita centenas de cidades que sofreriam com “massacres em escolas” na próxima semana.

Apesar de instaurar a investigação, o Ministério Público informa que não há dados concretos sobre a publicação e nenhuma prova de que a lista seja verdadeira. Por isso, o órgão afirma que “não há motivo para pânico”.

O procedimento de investigação será conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber). Até o momento, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) e o TikTok não se pronunciaram sobre a lista.

Pais não levam filhos à escola

Além da lista, alunos de escolas estaduais de Minas Gerais afirmam ter recebido ameaças por WhatsApp dizendo que haveria um massacre nas escolas na próxima semana. Não há, entretanto, nenhuma prova de que as mensagens sejam verdadeiras.

Ainda assim, alguns pais decidiram não levar os filhos à escola até que o assunto seja completamente apurado. É o caso de Denia Sueli, que é mãe de um aluno de 14 anos da rede estadual em Belo Horizonte. Segundo ela, o filho recebeu mensagens encaminhadas ameaçando a escola de um massacre.

Apesar disso, ela afirma que não recebeu nenhum contato da escola sobre o caso e, por isso, decidiu não levar o filho às aulas nesta segunda-feira (10).

“Eu estive na escola de manhã para poder pegar informações e a escola não me atendeu. Quem conversou comigo foi a pessoa que fica na portaria da escola, porque a direção não quis se posicionar. Eu fico muito aflita, e o meu filho está com medo de ir para a escola”.

Denia explica que a principal preocupação vem do fato de que a escola não possui vigias ou câmeras de segurança. Além disso, segundo o filho dela, adolescentes que estudam em outras escolas costumam entrar no colégio, mesmo não sendo matriculados.

“A escola não teve nenhum tipo de conversa com os alunos. A escola não tem câmeras, não tem um vigia. No ano passado circularam muitos vídeos de quebradeira de aluno dentro de sala de aula. A escola está bem assim, bem omissa em relação a essas coisas. O portão sempre fica aberto, hoje estava trancado, mas as grades do portão são de fácil acesso para pular”.

Fonte: Itatiaia

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