O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) irá preparar uma relatório técnico, a ser entregue ao Operador Nacional do Sistema (ONS), em que analisa as condições atmosféricas no Brasil durante a noite da última terça-feira (10), quando ocorreu o apagão.
Para isso, os técnicos do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) e do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ambos do Inpe, estão analisando em conjunto os dados sobre as descargas atmosféricas (raios) e demais fatores meteorológicos, como intensidade dos ventos e chuvas. Entretanto, técnicos do Inpe descartaram que a queda de energia de Itaipu tenha sido causada por raios.
Apesar disso, pesquisa do Elat, do próprio Inpe, revelou que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná terão quase o dobro de desligamentos por raios até o fim do século.
Levantamento do Elat e o Inpe já houve aumento significativo na incidência de raios nos últimos dois anos. Em março deste ano, o novo ranking de descargas atmosféricas por município para o biênio 2007-2008, que abrange nove estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul -, mostrou que o número total de descargas atmosféricas na região pesquisada chegou a 7,5 milhões.
Em 2007, foram 5,2 milhões de raios. Já o levantamento do biênio anterior tem registros de 3,7 milhões de descargas em 2005 e 5,8 milhões, em 2006. O Brasil, por sua extensão territorial e proximidade ao equador geográfico, é o país com maior incidência de raios do mundo.

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