Os motoristas que atuam no transporte por aplicativos prometem cruzar os braços na no dia 15 de maio, segunda-feira após o Dia das Mães. A paralisação, em âmbito nacional, cobra das empresas melhores condições de trabalho, como aumento nos repasses ganhos pelas corridas, garantias de um seguro de vida e de saúde, além de maior proteção contra assaltos e violência urbana.

De acordo com Simone Almeida, presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos que Utilizam Aplicativos do Estado de Minas Gerais (Sicovapp), o movimento será silencioso, sem manifestações pelas cidades.

A orientação é para que os motoristas desliguem os aplicativos. É uma forma de chamar a atenção das empresas, reivindicando o pagamento de taxas e melhores valores das corridas, que estão baixos“, explica.

O movimento, que deve ocorrer em cidades de Minas e de outros Estados, conta com o apoio de influenciadores digitais. No chamamento para a paralisação, a categoria pede o reajuste do valor mínimo da corrida, hoje em R$ 5,87, para R$ 10. O grupo solicita também que o valor do quilômetro rodado, hoje entre R$ 1,19 e R$ 2, também seja reajustado em R$ 2. Outro ponto é a cobrança de um adicional por cada parada solicitada durante a corrida.

São três pontos que a gente vem sofrendo desde o ano passado. O adicional das paradas, por exemplo, o motorista demora bastante na corrida, faz todo aquele trajeto e recebe o mesmo valor se fosse uma corrida sem paradas“, avalia o motorista Leonardo Ferreira de Oliveira, 23 anos, que atua nas empresas de aplicativos desde abril do ano passado. Ele será um dos profissionais a aderir ao movimento do dia 15 de maio. “O objetivo é alertar essas empresas sobre a necessidade de discutir essas questões“, justifica.

A categoria demanda ainda uma regulamentação da atividade. O objetivo é garantir mais direitos trabalhistas, a fim de evitar “atitudes abusivas das empresas que gerenciam os aplicativos“. Para a presidente do Sicovapp, Simone Almeida, essa é uma questão que tem sido discutida junto ao Governo Federal, que pretende apresentar uma proposta para regulamentar as relações de trabalho por meio de aplicativos ainda no primeiro semestre, conforme declarado em março pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. “Nós temos demandado isso e participado da mesa de discussões“, revela.

 

Fonte: O Tempo

 

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