Bill Gates, presidente da Microsoft, se aposenta oficialmente da empresa nesta sexta-feira (27) para se dedicar à fundação filantrópica Bill e Melinda Gates. Com isso, o diretor-executivo Steve Ballmer — um verdadeiro showman — passa a ser o principal líder da empresa na qual entrou em 1980. Ballmer, 47 anos, foi o primeiro gerente de negócios contratado por Gates.
Nesses 28 anos de Microsoft, Ballmer liderou diversas divisões, como a de operações, desenvolvimento de sistema operacional e vendas e suporte. Em julho de 1998 foi promovido a presidente e, em 2000, ganhou o cargo de diretor-executivo. Ele se formou em matemática e economia na Universidade de Harvard, onde conheceu Bill Gates.
Ao contrário de Gates, o rosto mais marcante da Microsoft, Ballmer não é um sujeito discreto, muito menos comedido. No próprio site da empresa ele é descrito como entusiasmado, engraçado, apaixonado e dinâmico.
Isso é o que se vê nas apresentações da Microsoft, quando o diretor-executivo grita (muito), pula (muito) e não hesita em declarar seu amor pela Microsoft: eu amo essa empresa, foram as primeiras palavras ditas (em tom bem alto) durante um evento cheio de animação.
Sem Constrangimento
Ballmer não faz questão de ser político e esconder sua opinião, nem quando ela pode causar saia justa. Ao comentar sua primeira impressão sobre o iPhone, telefone multimídia da Apple que na época custava US$ 500, caiu na gargalhada: é o telefone mais caro do mundo e não é atraente para clientes corporativos, porque não tem teclado.
E como o constrangimento passa longe, ele topou até fazer uma propaganda do Windows em que perguntava o preço do produto para então usar os jargões espere um minuto antes de responder e não responda. Tudo isso por apenas quanto? US$ 500? US$ 1.000? Não, apenas US$ 99. É um preço inacreditável, mas é verdade, continuava o vídeo, que foi eternizado pelo YouTube, do rival Google.
Mas nem tudo é alegria. Em maio deste ano, Steve recebeu uma chuva de ovos (veja aqui) quando iniciava seu discurso na Universidade Corvinus, em Budapeste. Ballmer teve de se abaixar atrás do palanque para se proteger de seu agressor que, aos gritos de Microsoft, devolva o dinheiro dos contribuintes, protestava contra o recente acordo assinado entre a empresa e o governo húngaro.

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