A Polícia Civil de Santa Catarina investiga uma mulher suspeita de perseguir e difamar um padre da região sul do estado após ser rejeitada em uma tentativa de envolvimento amoroso. O caso, que se estende há cerca de um ano, teve início após a mulher procurar ajuda espiritual no Santuário de Nova Veneza.
De acordo com o delegado Márcio Neves, responsável pela investigação, a mulher conheceu o sacerdote ao buscar aconselhamento religioso. Com o tempo, ela se apaixonou e passou a demonstrar interesse amoroso pelo padre, que recusou as investidas por respeito aos princípios da Igreja Católica, que proíbe relações amorosas ou sexuais entre seus clérigos.
Diante da rejeição, a mulher iniciou uma campanha de difamação contra o religioso. Segundo a polícia, ela divulgou vídeos e prints adulterados de supostas conversas com o objetivo de prejudicar a imagem do padre. Além disso, chegou a criar um perfil falso no WhatsApp, se passando pelo sacerdote, e espalhou boatos de que ele teria desviado recursos da Igreja.
No início de agosto, a Polícia Civil realizou uma operação na residência da investigada, onde foram apreendidos três celulares utilizados para promover os ataques contra o padre. A mulher foi indiciada por perseguição, mas celebrou um acordo com a Justiça de Santa Catarina que a livrou de responder criminalmente pelo caso.
Como parte do acordo judicial, a investigada concordou em pagar R$ 40 mil à Diocese de Criciúma e ficou proibida de se aproximar do padre, de mencionar seu nome e de participar de missas ou eventos promovidos pela diocese. O descumprimento das medidas pode resultar em multa de 20 salários mínimos. As identidades da mulher e do padre não foram divulgadas, e não houve manifestação pública da Diocese de Criciúma sobre o caso.
Com informações O Tempo