“Valorizo e muito a opinião de quem me prestigia aqui no blog e demais meios. Especialmente numa cobertura como essa, Copa do Mundo, país muito diferente, costumes estranhos aos nossos, é ótimo saber a expectativa de quem não está aqui e o que se espera da cobertura da imprensa, especialmente sobre problemas relacionados a direitos humanos.

Estou a apenas dois dias por aqui, sendo o primeiro, praticamente todo do Centro de Imprensa, finalizando a burocracia do credenciamento e finalmente pendurando a credencial no pescoço. A partir deste momento ficamos à vontade para circular pelo país e mais seguros para o trabalho. Hora de circular. Saio conversando com as pessoas, ando à pé, de ônibus, metrô, táxi, uber, enfim… Entro em todos os ambientes possíveis. Vejo, fotografo, gravo vídeos, anoto, enfim… Além de zapear canais de TV, ouvir rádios e folhear jornais e revistas deles. Começo formar minhas opiniões sobre tudo e no decorrer da cobertura vou elogiando ou criticando.

Chego “em casa”, pego tudo e começo a escrever, como agora, 2h49 aqui, 20h49 em Belo Horizonte.          Depois da final, faço um balanço geral e dou o meu “veredicto”.

Cheguei da Fan Fest agora há pouco. Uma beleza, e tomei o copo de cerveja mais trabalhoso de se conseguir e o mais caro da minha vida: R$ 74. Mesmo se fosse uma Falke Bier (mineira, das melhores do mundo), o preço estaria salgado, ainda mais sendo a Budweiser. Mas, é assunto que fica para depois.

Vou destacar hoje uma mensagem muito gentil que recebi, de um amigo com quem eu não me encontro há tempos, que é o José Luiz Machado Gontijo, o “Gontijo”, companheiro da bancada do Minas Esporte, da Band, destemido comentarista que marcou época no rádio e na TV, também de Goiás.

Acompanhando você aqui no Blog. Com certeza mais um trabalho internacional brilhante. Um grande abraço, José Luiz Gontijo”.

 Waltencir Nascimento

Prezado Chico entendo o seu momento profissional e o parabenizo por mais uma cobertura de copa. Mas senti falta do repórter combativo e questionador de coisas que “estão fora do lugar” e essa copa tem várias.

Sucesso e paz!

 

Mauro Lopes

Independente das delicadas questões de raça, gênero, religião e exploração trabalhista, tudo que vi desse lugar até agora é de um artificialismo que me causa mal-estar. Sou daqueles que não suporta ficar muito tempo dentro de um shopping. E essa copa parece estar sendo realizada dentro de um.

 

Marcelo Satch

A Copa no Qatar (ou Catar ?… ahhh va catar coquinho rsrs) vai nos dar a oportunidade – além de ver bons jogos, imagino, de exercitar nossa hipocrisia e um pouco de arrogância tb….. Criticamos o modo de vida deles, mas, duvido que qualquer empresa que participou da construção daquele novo universo tenha perdido um segundo de sono pensando na condição vivida pela força de trabalho alocada pras obras. Da mesma forma, aqueles países ali são objeto de desejo turístico de muita gente ao redor do mundo….. mesmo os “sem din din” se encantam com a paisagem artificial daquelas terras de muito sol, pouco vento e aguas clarinhas (um amigo, profissional da Ed.Fis trabalhou lá nos anos 90 e contava que os carros ficavam ligados no estacionamento dos mercados para não desligarem o ar condicionado e que seu filho não aprendia a soltar pipa porque lá não venta srsr).
Muitos que criticam seus costumes, e se sentem confortáveis em não respeitar as regras da casa do anfitrião, se incomodam em ver uma mulher de hijab passeando pelo shopping da sua cidade – é fácil ouvir de europeus que o visitante é que deve se adaptar a regra do país….. ou alguém que já foi a Paris, por exemplo, viu algum atendente lhe abrir um largo sorriso se perguntado qualquer coisa em inglês….. Enfim. é do jogo……. E, ainda que o futebol seja algo meio universal, os costumes não são e tendemos a ver as coisas apenas pelo nossos olhos e pelo que nos interessa naquele momento….. E, uma máxima, se algo ali te afronta, não vá…. simples assim….. vale pra muita coisa na vida e seria mais honesto com você mesmo

 

Alysson Sol

Acho que é preciso separar as coisas. Ninguém jamais duvidou que a infra-estrutura para os visitantes seria ótima. Quando alguém gasta quase 300 bilhões de dólares numa festa que a Alemanha fez com 5 bilhões e o Brasil com 15 bilhões, seria inútil discutir se ia ficar bom.

O problema são os meios pelos quais se construiu a infraestrutura do Catar, com trabalho semi-escravo na cara do mundo inteiro, com grande parte da imprensa mundial ignorando, por bem ou por força de anunciantes e pressão da FIFA. E o problema segue com o fato de que todo mundo adora visitar países lindos onde a infraestrutura foi construída e é mantida por trabalho semi-escravo, e a imprensa não é livre para divulgar.

O atendente de um bar na Suiça, brasileiro de nascimento, uma vez me disse que morria de vontade de voltar para o Brasil. Mas não iria fazer isto pensando nas filhas que tem toda uma condição de vida estabelecida na Suiça. Já o atendente de qualquer bar no Catar provavelmente não pode levar a família e está com seu passaporte apreendido. Este é o grande problema que a FIFA não quer que ninguém discuta.

Raul Pereira

Ah Chico, para.

Copa praticamente sem cerveja? Nāo existe.

O lugar pode ser lindo, mas é tudo fachada. Isso aí é uma bosta, isso sim”;

Foto: reprodução blog do Chico Maia

Foto: reprodução blog do Chico Maia

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