Parlamentares conservadores usaram suas redes sociais para cobrar manifestação de lideranças da esquerda sobre as denúncias de agressão do filho do presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, contra sua ex-mulher, Natália Maria Schincariol.
Na terça-feira (2), Natália registrou um boletim de ocorrência acusando o filho caçula do presidente Lula de agressões físicas e psicológicas. Ela acusa Luís Cláudio de transmitir intencionalmente doença contraída com uma amante.
A defesa de Luís Cláudio Lula da Silva disse que tomou conhecimento do que chamou de “fantasiosas declarações”, e afirmou que as falas se tratam de “calúnia, injúria e difamação”. A defesa ainda afirmou que tomará medidas legais pertinentes para que a médica possa responder por reparação por danos morais.
O deputado Nikolas Ferreira (PL) questionou se lideranças de movimentos feministas vão se posicionar sobre as denúncias.
“Não vai ter manifestação do movimento feminista contra o filho do Lula? Nem uma hashtag? Campanha com vídeo preto e branco? Nadinha mesmo? Então tá”, escreveu o deputado mineiro.
A deputada Rosangela Moro (União Brasil-SP) também usou suas redes para comentar a denúncia. “A nota da defesa do filho de Lula, com toques de agressividade, revela mais sobre o caráter dele próprio”, escreveu a parlamentar.
Os deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP), Cabo Júnio Amaral (PL-MG) e Gil Diniz (PL-SP) também usaram suas redes para cobrar um posicionamento de lideranças progressistas e feministas sobre o caso.
“As hipócritas agora falam em ‘cautela’, ‘é preciso investigar’, ‘vamos com calma’. São as mesmas deputadas que fazem escândalos por qualquer motivo, mesmo sem investigações ou condenações, quando é conveniente à sua patota ideológica”, escreveu Junio Amaral.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) postou um vídeo do presidente Lula discursando contra a violência doméstica. “Mão de homem não foi feita para bater em mulher. Quer bater em mulher, vai bater em outro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil. Nós não podemos aceitar mais isso. As pessoas precisam aprender a ser civilizadas”, discursou Lula.
Líder do MBL, Amanda Vettorazzo, cobrou diretamente deputadas de partidos de esquerda sobre o caso. “Deputadas em silêncio sobre o escândalo do filho do Lula: Tabata Amaral, Sâmia Bonfim, Erika Hilton, Maria do Rosário. Todas elas se dizem feministas. Todas elas dizem defender mulheres”, escreveu
O humorista Danilo Gentili também usou suas redes para questionar se lideranças de esquerda, como a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e outras deputadas iriam se manifestar sobre o caso.
Fonte: Itatiaia