Decorridos quase 40 dias de fogo e fumaça saindo do interior da terra, no antigo Lixão do Maringá, os comandantes do 6º Pelotão de Bombeiros em Formiga, tenente Rodolfo Kroehling de Moura, e do 5º Pelotão da Polícia Ambiental, sargento Flávio Andreote dos Santos, em conjunto com o secretário Municipal de Gestão Ambiental, Paulo Coelho, ouvidas as recomendações dos técnicos da SUPRAM-Divinópolis (Jorge e Daniel), optaram por fazer uma intervenção direta no local, depois de avaliados os riscos, já que, pelo tempo decorrido, a chance de ainda haver gás metano na pequena área em questão, era pequena e a estratégia de intervenção por eles traçada, previa em seu planejamento, as eventualidades que pudessem vir a ocorrer, inclusive com a disponibilização no local de viaturas e equipamentos que garantissem o socorro a qualquer eventualidade.
O local do antigo lixão, nas últimas semanas, veio sendo monitorado pelos bombeiros e demais autoridades envolvidas com o problema e a estratégia de resfriamento por meio da injeção de água – mais de 60 mil litros foram despejados em curto espaço de tempo – mostrou-se ineficiente, segundo a avaliação feita no início desta semana.
Assim sendo, tentou-se por meio do uso de máquina, remover parte da área que antes estava incandescente e que agora, apenas deixava escapar grande quantidade de fumaça, com o intuito de se permitir a realização de uma análise mais detalhada das condições do terreno.
Parte do material que ainda estava queimando foi removida e para surpresa de muitos (não do secretário Paulo Coelho), o que se viu foi a repetição de uma antiga história, pois grande volume de material de borracha e de outros inflamáveis, descartados por fornecedores da indústria automobilística, devidamente enfardados e cuidadosamente ensacados, ali se encontravam em grande quantidade, servindo de combustível para o fogo.
Segundo o secretário, se houver possibilidade de se identificar a origem do material (fabricantes), certamente o Ministério Público proporá nova ação contra os responsáveis, já que, crime ambiental não prescreve. Ao que parece os ?vilões? são os mesmos de outrora, disse.
Os trabalhos foram suspensos por volta das 18h de quinta feira para que, hoje cedo, nova avaliação fosse feita e decidido o caminho a ser tomado, já que a área de risco lá está a espera de ações que nos parecem ser onerosas, mas de grande importância para a defesa da população que diariamente transita pela área. Durante a operação a região próxima foi isolada e os moradores e transeuntes cientificados do perigo ali existente.

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