O Tatuador de Auschwitz, de Heather Morris, é a dica de leitura desta semana.

O projeto “No Meio do Caminho tem um Livro” é idealizado pelas três Bibliotecas Públicas de Formiga.

A obra tem como base o amor de Lale e Gita, dois judeus eslovacos que se conheceram dentro das cercas de um campo de concentração em Auschwitz.

Lale voltou aquela noite a casa de seus pais com a notícia de que os Judeus em cidades pequenas estavam sendo presos e transportados para trabalhar para os Alemães. Trazia em baixo do braço o cartaz onde dizia que toda família judia, entregasse um filho com idade a partir de dezoito anos para o governo alemão. Em sua casa três filhos, o mais velho Max, que logo disse que iria, porém ele tinha mulher e dois filhos pequenos, sua irmã e Lale.

Lale apresentou-se ao governo para a deportação e esperou mais instruções. E elas chegaram, devia se apresentar na estação e embarcar no trem. Um entre os inúmeros enfiados nos vagões feitos para transporte de gado, sem terem ideia de para onde seriam levados. “Quem estou tentando enganar? Estou com tanto medo quanto todo mundo”.

Todos foram levados para o campo de concentração, Lale mesmo rodeado de pessoas apavorados e com medo, sem saber qual trabalho esperam que ele faça, começa a observar tudo e a todos que o cerca, pois, a ideia de que o trabalho libertará dá a impressão de ser o caminho certo a seguir… os dias passam, com fome, sede, sem lugar para dormir, pessoas chegando, outas saem e não voltam…

Até que começa a compreender tudo que o cerca, crematórios, tiros, sangue, o terror a flor da pele. Para não ficar louco neste lugar passa a caminhar de cabeça baixa, mas observa tudo, conhece a língua que eles conversam, passa a mostrar confiança do kapo (chefe do galpão), para conseguir sobreviver entre o poder e a dor. Consegue assim, ele e um ajudante a tarefa árdua de tatuar os números, em todas as pessoas que chegam ao campo de concentração, dia e noite.

Lale passa a ter alguns benefícios como um quarto particular e comida extra, que divide com pessoas que precisam mais do que ele. Também consegue convencer alguns homens e mulheres a ajuda-lo a conseguir comida e remédios se tornando aliados e desafiando o sistema. O que eles tinham a perder além da vida? Mas será que já não tinham perdido a própria vida?

Tatuando um novo carregamento de presos, conhece e logo se se apaixona por Gita. Ela com a cabeça baixa, amedrontada, careca, abatida, mas linda de viver.

Começa assim uma nova força para viver e lutar para sair dali e viver seu grande amor, precisa saber quem é ela. Aos domingos tem permissão para circular entre os vários blocos de presos. Demora muito a encontra-la, mas lá estava ela, seu coração dispara. Com cautela vai se chegando junto as moças, sua amada e as amigas, pois ninguém pode perceber, a guarda sempre atenta a qualquer movimento pode atirar e matar. Numa troca de olhar ele sente que ela também o ama, aos poucos vão se conhecendo e o amor a cada dia cresce.

Vivem um dia após o outro, passam por vários momentos conflitantes como terror, luto, ódio e ao mesmo tempo amor. Muitas vezes a tristeza os abate, sem notícias de suas famílias e amigos.

Eles vivem um romance escondido por breves momentos no campo de concentração. Como eles conseguem manter vivo o amor? O que enfrentam para sobreviver por três longos anos? Como era a relação com todos neste lugar e principalmente como eles enfrentam internamente todos os horrores pelo qual vivem?  Conseguem sobreviver e sair e viver este amor?

Romance histórico, um testemunho da coragem daqueles que ousaram enfrentar o sistema da Alemanha Nazista, e que o amor não pode ser limitado por muros e cercas.

A Biblioteca Pública Osório Garcia, situada à rua Alfa, 59, no Bairro Ouro Negro, tem à disposição várias obras: mistérios, ficção, romances, aventuras, boa literatura que encanta a todos os leitores.

Fonte: Bibliotecas Públicas

Foto: reprodução Amazon

 

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