O objetivo marcado pela ONU de reduzir a mortalidade infantil em dois terços até 2015 está, por enquanto, longe de ser alcançado e continuará assim se não forem destinados recursos para combater a pneumonia infantil, uma doença que mata a cada ano 1,8 milhão de menores de 5 anos no mundo.
Apesar dos números, as organizações lamentam, pois são destinados relativamente poucos recursos para acabar com esta praga. Com as intervenções propostas pela OMS e pelo Unicef, os casos de pneumonia poderiam ser reduzidos em 67% nesse período, o que significaria salvar 5,3 milhões de vidas.
Outras 860 mil mortes de menores de 5 anos poderiam ser evitadas nesse período apenas mediante a amamentação materna exclusiva durante seis meses, uma prática sem custo que serve também para prevenir a pneumonia.
O documento destaca que, ao longo dos últimos 20 anos, foi comprovada a eficácia de diversas estratégias contra a pneumonia infantil, como as vacinas contra o Streptococcus pneumoniae e contra o Haemophilus influenzae b, os dois principais agentes bacterianos desta doença.
TRATAMENTOS
Além disso, as vacinas contra o sarampo e a coqueluche contribuem para reduzir a mortalidade pela pneumonia. Junto com estas medidas, o aleitamento materno e a melhora das condições de moradia também têm um importante papel no controle da pneumonia.
Outras intervenções promovidas para reduzir a pneumonia são uma adequada nutrição, o hábito de lavar as mãos e os suplementos de zinco para as crianças com diarréia.
O custo de todas estas intervenções previstas no plano de ação para proteger, prevenir e tratar a pneumonia nos 68 países do mundo com maior mortalidade infantil é de US$ 39 bilhões para o período 2010-2015, afirma o documento.
O plano de ação global afirma que nada será alcançado sem uma ação urgente sobre a pneumonia dos Governos, Ministérios da Saúde e parceiros que apoiem o processo em nível global.

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