Foi deflagrada na madrugada desta quinta-feira, 17, a Operação Stellio (em latim, denomina um lagarto predador, que muda de cor para enganar suas presas). O objetivo da ação foi cumprir ordem judicial de busca e apreensão na casa de J.R.A., de 66 anos, morador do Bairro Santa Mônica, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Segundo investigações, ele se passava por promotor de Justiça com atuação na área ambiental, distribuía cartões de visitas falsos contendo o brasão do Estado de Minas Gerais e a indicação de que exercia suas atribuições em uma das sedes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na Av. Raja Gabaglia, na capital.
As investigações, conduzidas pelo Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) do MPMG, contou com a participação de seis promotores de Justiça da capital e do interior e de investigadores do Nucrim. Teve também o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais e da Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Polícia de Venda Nova.
As investigações foram iniciadas há três meses, quando chegou ao conhecimento do MPMG uma tentativa de golpe na região Oeste do estado contra um comerciante que foi abordado pelo falso promotor. J.R.A. teria identificado uma irregularidade ambiental no empreendimento da vítima, e, como membro do MPMG, poderia resolver a situação.
Foi verificado ainda que o investigado registra antecedentes por envolvimento em crimes de estelionato, furto, receptação, extorsão indireta, constrangimento ilegal, porte ilegal de arma de fogo e usurpação de função pública.
Durante o cumprimento da ordem de busca e apreensão, foram apreendidas duas armas de fogo (um revólver e uma espingarda) e munição, inclusive de uso restrito. Na casa de J., foi encontrada uma caixa com centenas de cartões de visita do falso promotor.
Crimes
Preso em flagrante nesta quinta, o investigado responderá por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido (pena de um a três anos de prisão), posse ilegal de munição de uso restrito (pena de três a seis anos de prisão), falsificação e uso indevido de símbolos utilizados pelo Ministério Público (pena de dois a seis anos de prisão) e estelionato (pena de um a cinco anos de prisão).
Fonte: MPMG e Nucrim