Francisco Oliveira de Faria, de 35 anos, que estava sendo procurado pela polícia por agredir a filha da namorada, de apenas 11 anos, dentro de um motel em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pretendia fugir para a cidade de Londrina, no Paraná, segundo a Polícia Militar e a Polícia Civil. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16), as autoridades informaram que o homem tem diversas passagens por agressão a mulheres, além de agir do mesmo modo com todas elas.
Francisco foi preso na última sexta-feira (13) em Patrocínio, no Alto Paranaíba. A abordagem aconteceu na MG-188, durante um cerco montado pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv). Ele estava foragido desde a última quarta-feira (11), quando o crime foi registrado. Conforme o capitão do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv), um mapa da fuga desenhando pelo criminoso foi encontrado no veículo.
“No momento da abordagem, ele se manteve em silêncio. Encontramos alguns objetos que chamaram a atenção, um deles era um mapa com destino a Londrina, no Paraná, o que dava a entender que ele iria para lá”, disse o capitão em coletiva nesta segunda.
Ainda segundo a polícia, no momento da abordagem, Francisco apresentava sinais de ter usado droga. Com ele, foram encontrados um anel, uma bucha de maconha e a quantia de R$ 1.414,35. O homem foi preso com o mesmo veículo em que usou durante o crime para levar a menina a um motel, sendo uma picape Savero branca.
Passagens pela polícia e modo de agir
O caso aconteceu na última quarta-feira (11) quando a mãe e a menina que moram em Divinópolis, cidade do Centro-Oeste de Minas, foram trazidas pelo suspeito para Contagem. Mas Francisco Oliveira de Faria, já teria agredido outras mulheres da mesma forma como fez com a criança, conforme detalha a delegada Mellina Clemente, da Delegacia de Mulheres de Contagem.
“Ele tem diversas passagens, inclusive de agressão a mulheres. Duas delas por agressão a garotas de programa dentro de um motel e suas duas exs-namoradas, além de uma parente. Vale destacar que a forma como ele agride as vítimas é bem parecida. Ele costuma esganá-las e bater a cabeça delas no chão. Pelo menos três vítimas, essa criança e outras duas mulheres adultas, foram agredidas da mesma forma”, começou detalhando a delegada.
“Após a repercussão desse caso, é possível aparecerem mais vítimas, uma delas procurou a delegacia narrando que foi importunada sexualmente por ele numa festa de final de ano. Sendo sua parente”, contou a delegada.
No dia do crime, Francisco, disse que iria na casa da ex-esposa para buscar o filho e pediu para que a menina de 11 anos fosse junto. A mãe afirmou que iria junto, mas Francisco levou a menina antes mesmo dela conseguir acompanhá-los.
“Ele disse à criança que iria a um clube. Mas, na verdade, ele iria para o motel. Ele exigiu que ela agachasse, para ninguém perceber e entraram no motel. A criança percebeu que algo estava errado e, já no quarto, foi agredida”, completou.
De acordo com a PC, a gerente do motel foi ouvida e disse que em nenhum momento notou que seria uma criança. A menina de 11 anos que ficou bastante machucada, desmaiou por duas vezes.
“A criança foi muito agredida, ela recebeu chutes, socos, mordidas nas costas, na costela, na boca, e ele também bateu muito a cabeça dela no chão. Ela chegou a desmaiar por duas vezes e, ao acordar, viu que a banheira estava cheia e aí ele falou que mataria ela afogada. Foi nesse momento que a criança conseguiu dar um chute nele. E, quando o homem foi até o carro para pegar alguma coisa, ela conseguiu sair correndo e pedir ajuda, sendo socorrida pelos atendentes lá do motel”, disse.
Conforme a delegada, a vítima, o criminoso e diversos funcionários do motel serão ouvidos ainda esta semana, além do resultado do exame no qual a garota foi submetido, que ainda não foram conclusivos.
Fonte: Itatiaia
