O padre Paulo Santos, da Paróquia São Vicente de Paulo, em Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF)  por “crime de preconceito” após associar a crise climática do Rio Grande do Sul “à falta de fé e a um afastamento de Deus”.

Em vídeo que circula nas redes sociais, o religioso diz que “o Rio Grande do Sul, há muito tempo, abraçou a bruxaria e o satanismo”. Em outro momento, ele ainda sustenta que a capital gaúcha seria um exemplo de destemor a Deus. “Existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que no Estado da Bahia inteiro.”

“O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo, o meu povo tem se afastado de Deus. Deus não precisa mandar sofrimento para a nossa vida porque ele não faz isso, mas nós mesmos às vezes buscamos, na fragilidade humana, coisas ruins para nós”, diz um trecho.

A denúncia foi feita pelo deputado estadual Leonel Guterres Radde (PT) e recebida ontem (20) pela Procuradoria da República em Dourados, onde tramita como “notícia de fato” e é analisada como “crime de preconceito”.

“O secularismo chegou no Rio Grande do Sul. O estado mais ateu da federação. Existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que no estado da Bahia inteiro. Precisamos buscar a Deus, porque quando vier a adversidade, quando vier a dor, o que vai nos manter de pé é a fé. O sofrimento existe, a chuva, os terremotos, os alagamentos existem, em todos os lugares é assim, mas o que vai determinar um povo ficar de pé ou prostrado na derrota, é a fé”, pontuou o padre.

O nome do religioso aparece na lista de padres no site da Diocese de Naviraí, a instituição católica responsável pelas igrejas de Nova Andradina e outros municípios próximos. Segundo as informações ali publicadas, Paulo é natural de Porto Alegre (RS)”.

A Diocese de Naviraí informou que “não tem nada a declarar e que, se for o caso, tem equipe responsável para publicar uma nota”.

Fonte: O Tempo

 

 

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