O papa Leão XIV realizou nesta sexta-feira (26) sua primeira grande nomeação para a Cúria Romana desde sua eleição como sucessor do papa Francisco, ocorrida no conclave de 8 de maio. A medida marca o início de sua gestão à frente da administração central da Igreja Católica.
Entre os novos indicados para o Dicastério para os Bispos — órgão responsável por auxiliar o pontífice na nomeação de novos bispos e na criação de dioceses — está o arcebispo brasileiro Ilson de Jesus Montanari. Aos 67 anos, Montanari foi confirmado no cargo de secretário da instituição por mais cinco anos, após já ter cumprido dois mandatos consecutivos na mesma função.
Natural de Sertãozinho, no interior de São Paulo, Montanari foi nomeado para o cargo em outubro de 2013 pelo então papa Francisco (Jorge Bergoglio). Desde então, passou a integrar o alto escalão administrativo da Igreja Católica. Recentemente, esteve entre os responsáveis pela organização do funeral do papa Francisco e do conclave que elegeu Leão XIV.
Outra nomeação importante anunciada pelo pontífice foi a do italiano Filippo Iannone como novo prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina — cargos que já ocupava antes de ser eleito papa. De acordo com comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano, Iannone, que é arcebispo e carmelita de Nápoles, de 68 anos, assumirá oficialmente suas novas funções no próximo dia 15 de outubro. Anteriormente, ele atuava como prefeito do Dicastério para os Textos Legislativos do Vaticano.
Além de Montanari e Iannone, o papa também nomeou o bispo bósnio Ivan Kovač como subsecretário do Dicastério para os Bispos, com mandato de cinco anos.
A Cúria Romana é o organismo que auxilia o papa na condução da Igreja Católica ao redor do mundo. Conforme estabelecido pelo Concílio Vaticano I, o papa detém autoridade total sobre a Igreja, mas conta com o apoio dos Dicastérios — órgãos executivos — e Tribunais para exercer sua liderança.
Com essas nomeações, o papa Leão XIV começa a imprimir sua marca na estrutura central do Vaticano, preservando nomes estratégicos e promovendo figuras de sua confiança para cargos-chave da administração eclesiástica.
Com informações do Itatiaia