“Assim como os croatas e gaúchos, os holandeses são adeptos da máxima “desistir, nunca”.

Mesmo perdendo por 2 x 0, para o um adversário bem superior e muito determinado, eles foram para cima, e o técnico Louis Van Gaal pôs o grandalhão Weghorst, para dar trombada, na base do custe o que custar e deu certo. Dois  minutos depois de entrar, diminuiu o marcador e no tempo extra dos descontos, empatou o jogo.

Para o gol de empate holandês, os “laranjas” montaram uma barreira ao lado da barreira argentina. O batedor da falta, ao invés de chutar em direção ao gol, tocou para Weghorst, que usou braço e corpo contra o zagueiro, para fazer um giro e chutar com precisão para o gol, sem chances para o ótimo goleiro Didu Martinez.

Jogada ensaiada de verdade é isso. E aí é que se vê o trabalho de um técnico de verdade, no dia a dia de treinos de um time.

 Toda seleção tem um “craque referência”. O da Argentina é Messi, e ele age o tempo todo como liderança, para tudo. Apesar de baixinho, não tem medo de cara feia nem de porrada. Encara. Quando a situação está mais difícil, chama o jogo para si e dá arrancadas que deixam o adversário atordoado. Ninguém sabe se ele vai partir para o gol, se vai dar o passe para um companheiro ou se fará as duas coisas ao mesmo tempo.

Aquilo que o Neymar fez no gol contra a Croácia, o Messi faz umas dez vezes durante os jogos em que está em campo, para uma, duas ou três resultarem em gol.

A entrega e vibração de todos os argentinos é diferente de qualquer seleção. Se “matam” em campo igualmente, puxam e empurram a torcida, numa sintonia impressionante. Do goleiro ao principal jogador do time, incluindo os ex-jogadores que estão aqui e principalmente o torcedor.

Para a cobrança de pênaltis, a estrela e principal batedor foi o primeiro. Para passar confiança e ter mais probabilidades de acerto. Poupá-lo para ser o último batedor, é burrice, e risco de ele nem chegar a bater.

Igual a seleção brasileira fez com o Neymar.

Depois de quebrar a cabeça com muitos treinadores de nome e rodados, a federação da Argentina apostou o terceiro auxiliar de Jorge Sampaoli, logo após a demissão dele, depois da Copa da Rússia. Scalioni fa o “feijão com arroz”, com um ou dois ovos fritos sobre o bife, quando necessário. E convoca os melhores, que devem estar em 100% de suas condições físicas. Por exemplo, buscou para ser o goleiro da seleção, Dibu Martinez, que começou no Independiente, foi contratado aos 17 anos pelo Arsenal, sem nunca ter disputado pra valer um campeonato argentino. Às voltas com contusões, foi emprestado e rodou por vários times menores da Inglaterra, até chegar ao Aston Vila, quando foi notado. Estilo “doidão”, espalhafatoso, do tipo que os torcedores argentinos gostam, está com 30 anos de idade”.

Foto extraída do blog do Chico Maia

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