A Polícia Civil investiga a morte de um bebê recém-nascido em Boa Esperança (MG).
O corpo do recém-nascido foi encontrado no sábado (15) dentro de uma mochila, ao lado de um córrego, que fica às margens da MGC-369, bem na entrada para o caminho do Parque Estadual Serra da Boa Esperança.
Quem encontrou a mochila foi um rapaz que estava com a namorada e alguns amigos, a caminho de uma cachoeira.
“O que chamou nossa atenção foi a mochila boiando no corrégozinho. Quando eu fui para pegar a mochila até notei um peso, porque tinha duas pedras dentro da mochila. Aí eu peguei a mochila e levei para cima perto da rodovia. Aí eu comecei a mexer e vi que tinha um saco preto lá dentro”, contou o motoboy Wesley Vitor dos Santos.
Wesley contou ainda que, ao abrir o saco, encontrou o corpo do recém-nascido. A região é conhecida pelo turismo e fica a 10 quilômetros do Centro de Boa Esperança. A Polícia Militar foi acionada e ouviu algumas testemunhas.
“Aparentemente, parecia que ele tinha acabado de vir à vida, ele estava branquinho, molinho, com um cordão umbilical ainda nele. Assim que foi encontrado, ele estava sem sinais de vida e seu óbito foi constatado posteriormente pela perícia. Foi uma intenção, acredito eu, que para ocultar, usaram as pedras e provavelmente, imaginava-se que iria submergir para ocultar essa criança no interior desse riacho”, disse o soldado da Polícia Militar, Guilherme Pinheiro Damasceno.
O Samu também esteve no local. Durante o atendimento, a equipe não conseguiu identificar o que pode ter causado a morte do bebê. Os peritos já iniciaram os trabalhos, que agora vão ajudar nas investigações da Polícia Civil.
O corpo do bebê foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Varginha para a realização de exames.
A mochila e roupas femininas foram apreendidas pela Polícia Civil. A mãe do menino recém-nascido, por enquanto, não foi identificada ou encontrada.
“Foi instaurado um inquérito policial e a partir de agora nós passamos a investigar quem era a mãe da criança, quem era a criança, quem seria o pai da criança e a motivação de ela ter praticado esse ato. Eu imagino o momento de sofrimento que ela deve estar. Porém, a gente precisa deixar isso às claras e esclarecido para que quem tem responsabilidade seja responsabilizado por isso”, disse o delegado da Polícia Civil, Alexandre Boaventura.
Fonte: G1 Sul de Minas