Está concluído o levantamento da Prefeitura de Formiga sobre as demissões de funcionários que serão feitas a fim de diminuir os gastos com a folha de pagamento gerando economia para os cofres do município que vive uma grave crise financeira, conforme divulgado por meio de notas e coletivas à imprensa. Ao todo, 111 profissionais, dentre ocupantes de cargos comissionados e contratados serão exonerados a partir de 1º de agosto.

O critério para a dispensa de servidores, de acordo com a administração municipal, ficou a cargo dos secretários municipais, tendo em vista o menor comprometimento possível da prestação de serviços essenciais.“O prefeito Moacir Ribeiro solicitou a cada secretário que avaliasse em sua secretaria onde era possível reduzir o quadro de pessoal”.

Com um déficit mensal de R$800 mil a R$1 milhão, segundo dados repassados pelo secretário de Fazenda, Antônio Alvarenga (Toinzinho), esperava-se o estabelecimento de uma meta de valores a serem economizados com as demissões, o que aparentemente não ocorreu, já que a Prefeitura ainda não sabe precisar o impacto da medida nas finanças do município, mesmo sendo esse o único motivo para a demissão de uma centena de servidores. “A Prefeitura prefere não divulgar um valor inexato (aproximado). Como a definição desses cortes é recente, ocorreu nesta semana, o impacto exato ainda está sendo calculado, porque envolve, além de salários, custos como encargos trabalhistas, vale-alimentação, entre outros”, diz a nota enviada ao jornal.

Demissões via carta

 Depois do vexame protagonizado pela Secretaria de Saúde, que demitiu vários agentes do Programa Saúde da Família, no início de junho deste ano, por telefone, desta vez, a Prefeitura decidiu cientificar os servidores sobre a exoneração via carta, que está sendo entregue pelas secretarias.

 Demissões no alto escalão

 Apesar de afirmar que está “cortando na própria carne” para gerar economia ao município, o prefeito de Formiga não indicou a exoneração de nenhum secretário ou adjunto.

A única ‘baixa’ será de Maria Inês Macedo, que estava à frente da Secretaria de Saúde, mas pediu exoneração do cargo que será ocupado, em definitivo, por Gonçalo Faria, apelidado de “coringa da administração”, por ter ocupado vários cargos nesta gestão, inclusive o de diretor do Saae.

A pasta ocupada anteriormente por Gonçalo (Desenvolvimento Econômico) passa a ser comandada por Jorge Zaidan, que vai acumulá-la com a de Gestão Ambiental. José Terra de Oliveira Júnior continua acumulando duas secretarias: Chefia de Gabinete e Gestão de Pessoas. Além disso, cargos de secretários adjuntos ficarão vagos para evitar novas nomeações. É caso da Educação e da Saúde. As adjuntas dessas pastas pediram exoneração por motivos pessoais e não serão substituídas no momento.

Sobre demissões de cargos de livre nomeação, a informação da Prefeitura é de que “a relação por setores está sendo apurada pela Secretaria de Comunicação e será divulgada em breve”.

 

Lorene Pedrosa

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