Por volta das 12h, os vereadores da oposição, José Geraldo da Cunha (Cabo Cunha/PMN), Cid Corrêa/PR, Reginaldo Henrique dos Santos (Dr. Reginaldo/PCdoB), Eugênio Vilela/PV e José Gilmar Furtado (Mazinho/DEM), estiveram na rádio Líder FM para explanarem suas opiniões a respeito da polêmica reforma administrativa da Prefeitura.
Os vereadores voltaram a repetir o que comunicaram por meio da nota de esclarecimento, que o projeto não foi votado para atender ao pedido do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Formiga (Sintramfor) e que irão esperar o resultado da assembleia dos servidores marcada para esta terça-feira (12), às 17h, para só depois apreciarem a reforma da Prefeitura.
Na oportunidade, os vereadores falaram dos projetos que queriam que o Executivo colocasse em prática e que tentaram negociar para a aprovação da nova estrutura administrativa. Eles enfatizaram que a Prefeitura está fazendo ?terrorismo?, que não poderia ter fechado as portas nem interromper os serviços essenciais, como coleta de lixo, saúde e abastecimento de água, e que poderia sim trabalhar com o orçamento de 2009.
Depois de os cinco vereadores se manifestarem, por volta das 12h30, foi a vez de o prefeito Aluísio Veloso e membros do Executivo se pronunciarem. Aluísio Veloso voltou a dizer que estavam abertos ao diálogo e que já havia decidido, juntamente com o Ministério Público, que não irão interromper os serviços básicos. O chefe de Gabinete, Sheldon Almeida, explicou que uma vez que o orçamento de 2010 foi aprovado, a Prefeitura não poderia utilizar o orçamento de 2009, somente se os vereadores tivessem rejeitado o orçamento deste ano. Segundo Sheldon Almeida, na tarde desta segunda-feira (11) deve ser elaborado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público sobre essa questão.
O secretário de Comunicação, Túlio Fonseca, e a servidora Emília Chaves, que foi uma das mentoras do projeto da nova estrutura, voltaram a dizer que os vereadores não estão dizendo a verdade sobre o projeto e que não há aumento no salário dos cargos comissionados, pois é preciso considerar que os cargos de confiança recebem em duas parcelas, uma é o salário e outra é a comissão, diferente do salário dos demais servidores, que é uma parcela única. Enfatizaram ainda que cerca de 70 cargos comissionados são funcionários de carreira da Prefeitura e que talvez os vereadores não tenham entendido bem o projeto.
Continua o disse não disse e o impasse segue até a votação definitiva do projeto da nova estrutura, lembrando que ele pode ser aprovado ou rejeitado pelos vereadores. Com isso, a Prefeitura continua sem ter muito o que fazer e algumas consequências já começam a acontecer.
Um funcionário da Secretaria de Saúde que prefere não se identificar disse que foi a Belo Horizonte na sexta-feira passada (8) em um veículo da secretaria e, quando já estava com a gasolina na reserva, ligou para saber se podia abastecer a van. Como a ordem era de que não podia abastecer, ele disse que conseguiu chegar até próximo à igreja matriz São Vicente Férrer e teve que acabar de chegar na secretaria empurrando o veículo. Uma pessoa que ligou pedindo uma ambulância também obteve a resposta de que não poderia ser atendida porque a ambulância estava sem combustível.

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