Na quinta-feira passada (8), representantes da administração municipal, do Ministério Público e do Unifor-MG se reuniram para definir estratégias para o funcionamento do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Estiveram presentes o prefeito Aluísio Veloso/PT; a procuradora do município, Sandra Micheline Salviano; o procurador adjunto, Marcio Leão; a veterinária do setor de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda Lima; a promotora Luciana Imaculada de Paula; o reitor do Unifor-MG, Marco Leão, e o coordenador do curso de veterinária do Unifor-MG, Dênio Garcia.
De acordo com Fernanda Lima, a reunião foi muito produtiva. ?Fizemos um cronograma de atividades, que deverá ser executado até o início do funcionamento do CCZ, que está previsto para o início de 2011. O Unifor-MG e o Ministério Público serão grandes parceiros para que possamos atingir nossos objetivos?, conta.
A veterinária apresentou à promotora alguns dados que comprovam que, a princípio, o município não possui condições de abrigar todos os animais sem a necessidade de eutanasiar. De acordo com dados levantados por profissionais da Secretaria de Saúde, o município tem uma população canina de aproximadamente 9 mil cães. ?Todos os anos, durante a campanha de vacinação contra a raiva, imunizamos em torno de 7.500 animais, porém, a quantidade de cães que ficam soltos nas ruas não temos como calcular. Por isso, a princípio vamos eutanasiar, porém de uma maneira que segue o protocolo internacional, cumprindo todas as normas estabelecidas?,explica Fernanda.
Uma parceria com o Centro Universitário prevê o castramento de animais. A veterinária e o coordenador do curso irão elaborar uma proposta de trabalho. ?O Unifor-MG deve entrar com a mão de obra e a clínica, a Prefeitura e o Ministério Público irão arcar com as despesas, que são em torno de R$ 60 por animal?.
Outro dado significativo apresentado por Fernanda Lima é a quantidade de casos por ataques de cães atendidos no Pronto Atendimento Municipal (PAM), que está em torno de 300 por ano. Já os casos de leishmaniose animal, a média é de 60 desde 2005. ?Em Formiga, ainda não possuímos casos de leishmaniose em humanos, mas temos várias cidades vizinhas que possuem, por isso precisamos ficar atentos?, salienta a veterinária.
O Ministério Público estudará ainda a possibilidade de doação de um veículo apropriado para o recolhimento dos animais. De acordo com a promotora, deve ser feita uma campanha de educação ambiental, visando coibir o abandono dos animais e programas que incentivam a adoção.

CCZ
O Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) foi construído em uma área de 285,30 metros quadrados, próximo à avenida João Pimenta da Veiga. São seis salas para canil, área administrativa com dois banheiros, duas salas, copa e recepção. Além disso, há uma sala para vacinas, sala de endemias, isolamento, eutanásia, três depósitos e uma área para apreender animais de grande porte, como cavalos. A capacidade do canil é para abrigar até 90 animais.

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