A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) anunciou a implantação de uma solução tecnológica de ponta para o bloqueio de sinais de telefonia móvel, Wi-Fi e drones em unidades prisionais e hospitalares do sistema penitenciário estadual. A medida visa combater a comunicação clandestina que alimenta o crime organizado dentro dos presídios.
“Com esse investimento, reafirmamos nosso compromisso com o fortalecimento da segurança pública, aliando tecnologia e gestão no enfrentamento ao crime organizado, impedindo que presos mantenham contato com o mundo externo para articular crimes”, declarou o governador Cláudio Castro.
A contratação da empresa responsável foi realizada por meio de licitação pública, dividida em cinco lotes regionais. Seis empresas participaram do processo, e a IMC Tecnologia venceu todos os lotes, apresentando o melhor preço entre as habilitadas.
Com a assinatura do contrato e publicação no Diário Oficial nessa terça-feira (2), a Seap emitiu a ordem de serviço. A empresa terá até dez dias úteis para iniciar os trabalhos, com prazo de até 45 dias por unidade, ou 60 dias em caso de três instalações simultâneas. A implantação será gradual, conforme a previsão orçamentária do estado e a estratégia operacional da administração penitenciária.
A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, destacou que, diferentemente de outros estados, o complexo prisional do Rio de Janeiro está localizado em área urbana, próxima a residências. “Fomos atrás do que há de mais moderno nesse tipo de tecnologia, de forma que o bloqueio só aconteça dentro das unidades prisionais”, afirmou.
A solução inclui jammers de última geração, dispositivos eletrônicos que emitem sinais de rádio para bloquear comunicações sem fio. Antenas direcionais serão instaladas em pontos estratégicos do perímetro das unidades, formando uma redoma de interferência controlada, capaz de impedir comunicações por celular, Wi-Fi e drones.
Com informações da Agência Brasil