Desde o nascimento de 2020, procurei convencer a imprensa e os políticos dos Estados Unidos a promover um acordo mundial, Projetos para a Paz, transferindo verba militar anual para financiar a transição energética, de fóssil para verde. Com a COP-30 apostando no Brasil, além dessa proposta, governos e parlamentares deveriam dar o exemplo promovendo nas suas regiões projetos sustentáveis de baixo custo.

Muito pode ser feito, a primeira coisa deveria ser criar uma rede de gerenciamento, organizando os projetos sustentáveis existentes ou a criar, uma rede de professores e treinadores voluntários e pagos e uma rede de financiamento envolvendo doadores.

Um primeiro projeto poderia ser o aquecedor solar caseiro, feito com canos de PVC, garrafas PET, pintados de preto, ou espelhos comuns. A Embrapa Agroenergia publicou um guia técnico sobre a construção de um concentrador solar de baixo custo, que utiliza materiais simples, como espelhos planos, para aquecer água ou alimentos, sendo ideal para aplicações em áreas rurais com alta incidência solar.

Já os alunos da Universidade Vale do Rio Verde (UninCor) desenvolveram um aquecimento solar utilizando materiais recicláveis como garrafas PET e caixas Tetra Pak. Na UNESP (Universidade Estadual Paulista), desenvolveu um manual para construção de aquecedores solares reciclando materiais. Também encontramos iniciativas semelhantes na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e outras instituições.

Um segundo projeto pode ser uma compostagem doméstica que utiliza baldes ou caixas recicladas. Essa iniciativa reduz o lixo orgânico e gera adubo para plantas. Fontes de financiamento poderiam promover Centros de Compostagem Comunitária, incluindo minhocário e treinamento para moradores.

E, adjunto a este, podemos ter o terceiro projeto, uma horta urbana em pequenos espaços, nas casas, apartamentos, escolas em terrenos baldios, etc., utilizados caixotes, garrafas PET e pneus. Em um país que ainda passa fome, não sei por que a Minha Casa, Minha Vida não entrega a moradia com um vaso com alguma árvore frutífera.

Ainda nesse tema, o quinto projeto é a captação de água da chuva, uma solução para as regiões áridas, mas também para as cidades que logo tenham problemas de abastecimento. Existem muitos projetos de baixo a médio, usando tambores, calhas e filtros simples. Os prédios dos três poderes devem ser instalados e dar o exemplo (ser um “case” local). Prédios novos devem ser obrigados a ter instalações separadas para utilizar a água captada para limpeza, supervisão e descarga.

O sexto projeto é uma fábrica de sabão ecológico feito com óleo de cozinha usado. Esta iniciativa pode ser desenvolvida agregando pessoas em torno de joias e associações para obter melhores resultados em qualidade e custos.

O sétimo projeto pode ser uma orientação de aproveitamento de iluminação solar durante o dia e utilização de lâmpadas solares com sensor de presença para iluminação externa, pois são baratas e são eficientes.
Outros projetos sustentáveis ainda podem ser acrescidos pelo leitor, como tijolos ecológicos e recuperação de nascentes.

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