A proposta apresentada pelo secretário de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, Moacyr Lobato, ao Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), durante reunião extraordinária realizada nA quarta-feira (1º), em Brasília (DF), para reunir as áreas de inteligência dos órgãos de segurança estaduais e federais e compartilhar informações que auxiliem o combate ao tráfico e a fuga de traficantes do Rio de Janeiro para outros estados, foi acolhida pelo grupo. A proposta teve origem em uma determinação do governador de Minas, Antonio Anastasia, e visa traçar uma estratégia nacional para capturar os criminosos que eventualmente escapem daquele estado.
Estiveram presentes os secretários de segurança pública e defesa social de sete estados (Acre, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná e Pernambuco) e do Distrito Federal. Na ocasião, o secretário de Minas Gerais, Moacyr Lobato, afirmou que até o momento não houve registro de traficantes cariocas presos ao tentar entrar no Estado. Segundo ele, a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal continuarão a fiscalizar as divisas do Estado.

Vigilância
De acordo com Moacyr Lobato, Minas Gerais não passa por uma situação de pânico, mas sim de atenção, destacando que há uma vigilância nas vias de acesso ao Estado devido à eventual possibilidade de migração de pessoas que estejam diante de perseguição no Rio de Janeiro para o território mineiro, devido à grande extensão de área que faz divisa com o estado fluminense.
Durante a reunião em Brasília ficou definida a realização de um encontro entre o Consesp, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e a Secretaria Nacional de Segurança Pública para que haja troca de informações sobre os traficantes que eventualmente podem fugir do Rio de Janeiro. O encontro será nos dias 9 e 10 de dezembro, em Brasília ou no Rio de Janeiro.
O presidente do Consesp avalia que com a comunicação entre os órgãos será possível levantar, através dos serviços de inteligência dos estados, os prováveis locais fora do Rio de Janeiro que podem ser usados como pontos de apoio para os traficantes que deixaram o estado, como por exemplo a cidade de origem dos criminosos.

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