Da Redação – Lorene Pedrosa
Proprietários e profissionais das academias de musculação, dança, artes marciais e estúdios de pilates estão reivindicando, junto à administração municipal, maior flexibilização na realização dos serviços prestados aos alunos, porém, obedecendo todas as normas já seguidas por outros setores.
Atualmente, conforme determina o decreto 8.209, de 20 de abril de 2020, academias podem funcionar apenas em atendimentos individuais (personal), com duração máxima de 50 minutos, com intervalos de, no mínimo, 10 minutos para higienização dos aparelhos utilizados.
Porém, de acordo com o educador físico e proprietário de uma das academias de musculação do município, Antônio Vitor de Oliveira, esse modelo de atendimento é mais rigoroso do que o que está determinado para diversos setores e inviabiliza que as empresas se mantenham.
“Não queremos descumprir nenhuma determinação necessária para evitar a contaminação das pessoas, mas entendemos que há formas de atendermos um número maior de alunos, simultaneamente, sem coloca-los em risco e possibilitando que as nossas empresas não quebrem”, comentou Antônio Vitor que, em entrevista ao Últimas Notícias, falou em nome de mais de 20 proprietários de empresas do ramo.
Representantes do setor já estiveram reunidos com o Secretário de Saúde de Formiga, Leandro Pimentel, Porém, em ambos os encontros, a determinação de atendimento restrito a apenas um aluno foi mantida.
Os profissionais se comprometeram, conforme documento abaixo, enviado ao vice-prefeito Cid Corrêa, a cumprir todas as normas de higiene e de afastamento para que sejam atendidos em suas reivindicações.
Para tanto, foram feitas duas propostas: Uma que libera o atendimento para até 10 alunos simultaneamente, com aula de 50 minutos e intervalo entre aulas de 10 minutos para a higienização do espaço e dos aparelhos, ou o uso dos espaços com separações por metro quadrado, respeitando a distância exigida de 1,5 metro.
O funcionamento dentro da proposta apresentada pelos profissionais tem funcionado em municípios da região como Arcos, Itapecerica, Candeias, Carmo do Cajuru e Santo Antônio do Monte.
“Estamos há 50 dias sem faturamento. Nossos alunos nos pagam adiantado, como estímulo para a manutenção das atividades. Então a nossa situação está grave porque todas as contas para a manutenção das academias precisam ser pagas. Nosso setor emprega diretamente mais de 100 pessoas em Formiga, fora os empregos indiretos, e a manutenção das atuais condições de atendimento irá provocar a falência de todos nós”, comentou Antônio Vitor.
Os profissionais do setor salientam que suas atividades profissionais devem ser consideradas como essenciais, de vez que muitos dos alunos praticam atividades físicas por recomendação médica. “Além disso, atividades físicas aumentam a imunidade, diminuem o stress provocado pelo isolamento e aumenta a qualidade de vida das pessoas nesse tempo de ansiedade e caos”, encerrou o educador físico que espera que a reivindicação feita por ele e pelos demais proprietários de academias seja ouvida.
Prefeitura
O portal entrou em contato com a administração para saber se há a possibilidade de flexibilização dos serviços nas academias.
A informação é de que administração municipal já tinha uma reunião marcada com os representantes de academias para amanhã (7), às 9 horas.