O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara, protocolou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O parlamentar acusa o chefe do Executivo fluminense de interferir em investigações sobre o setor de combustíveis, que, segundo a Polícia Federal, seria controlado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Na ação, o deputado solicita a abertura de inquérito criminal, a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Castro, além do afastamento cautelar do cargo. Conforme o documento apresentado ao STF, enquanto a Polícia Federal realizava investigações sobre lavagem de dinheiro e evasão fiscal, o governo do Rio de Janeiro teria atuado em favor de refinarias investigadas por fraude.
O PT alega que o governador interferiu nas apurações ao acionar a Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RJ) para reabrir a Refit, empresa citada nas investigações. O partido sustenta que a medida favoreceu o grupo econômico investigado e acusa Castro de uso político da segurança pública, citando a “chacina da Penha” como exemplo do que chama de “colapso moral” do governo fluminense.
Lindbergh também menciona na representação a megaoperação policial realizada no Complexo da Penha, que teve como alvo integrantes do Comando Vermelho e deixou mais de 100 mortos. O parlamentar pede que o STF determine o afastamento temporário de Cláudio Castro, caso entenda necessário, para assegurar a integridade das investigações.
Até o momento da publicação, a assessoria de imprensa do governo do Rio de Janeiro não se manifestou sobre o caso. O espaço permanece aberto para eventuais esclarecimentos ou posicionamento oficial do governador Cláudio Castro.
Com informações do jornal O Tempo










