A defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) se reuniu com alguns nomes da operação Lava Jato. Em encontro na última semana, um representante de Loures sondou sobre as possibilidades de aceitação de uma possível delação do deputado afastado ser aceita. O teor da reunião surpreendeu os investigadores, uma vez que a delação não era o tema do encontro.

De primeira mão, os investigadores responderam que, neste momento, uma delação de Loures dependeria da disposição dele de denunciar os demais cúmplices das ações. As duas partes ficaram de voltar a conversar sobre o assunto.

Nos bastidores da operação, uma delação do parlamentar é bem vista, mas as eventuais confissões de Loures não são consideradas imprescindíveis para os desdobramentos do inquérito em que ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para a força-tarefa, as delações dos irmãos Batista já contêm fortes indícios de crimes.

Investigadores da Lava-Jato informaram a um emissário de Rocha Loures que, se ele realmente está interessado num acordo de delação premiada, terá que entregar todos os cúmplices da organização criminosa acusada de receber suborno dos donos da JBS e tentar obstruir as investigações sobre as supostas fraudes. Para investigadores, não bastaria uma admissão de culpa e a revelação de crimes já investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal.

 

Fonte: O Tempo ||

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