Roni Peixoto, apontado como braço direito de Fernandinho Beira-Mar e um dos pioneiros no tráfico em Belo Horizonte, foi assassinado na porta de casa, na manhã desta segunda-feira (11), no bairro Santa Matilde, em Santa Luzia, na região metropolitana. O ex-traficante estava chegando na residência, quando foi surpreendido por dois homens em um carro prata. 

Segundo o sargento Anderson Romualdo, do 35° Batalhão de Polícia Militar, o ex-traficante estava abrindo o portão de casa ao ser interpelado pela dupla. Ele abriu parte do vidro do carro para falar com os suspeitos e foi morto com vários tiros, inclusive na cabeça e no peito. 

Roni não conseguiu nem parar o carro, enquanto entrava na garagem. O veículo desceu e bateu em outro automóvel estacionado no local. 

A Polícia Militar ainda não tem informações sobre os suspeitos, já que o crime ocorreu nesta manhã, por volta das 6h30. Mas, tanto na rua quanto na própria casa de Roni Peixoto há câmeras de segurança, que podem ajudar a entender como tudo ocorreu. Perícia e rabecão estão no local. 

Roni Peixoto vivia em Santa Luzia há cerca de um ano, após ser solto para cumprir pena em regime domiciliar. Segundo o sargento Anderson Romualdo, ele havia deixado o mundo do crime e “se regenerado”, procurando apoio religioso. 

Histórico

A primeira prisão de Roni Peixoto por tráfico de drogas data de 1995, quando foi detido pelo crime e apontado como braço-direito de Fernandinho Beira-Mar, em Minas Gerais. Dois anos depois, o traficante foi condenado a mais de 12 anos de prisão e, com o passar dos anos, novas condenações surgiram. 

A primeira fuga do traficante conhecido como “Gordo” data de maio de 2007, quando ele cumpria pena no Presídio José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves. Na época, ele havia recebido da Justiça o benefício da saída temporária e não voltou na data prevista.

Algumas semanas depois, ele foi detido em uma operação com mais de 500 kg de maconha, próximo à Pedreira Prado Lopes, seu local de atuação na capital mineira. Roni chegou a comandar por muito tempo todo o tráfico na região.

Depois de idas e vindas, em julho de 2011 ele deixou a mesma penitenciária, novamente beneficiado pela justiça com o regime semiaberto. Na época, advogados do traficante apresentaram um pedido para que ele trabalhasse em uma oficina automotiva. Peixoto não voltou à prisão conforme o combinado e foi encontrado em outubro do ano seguinte, em Goiânia, escondido em uma casa sob forte proteção do tráfico.

Preso desde 2012, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Peixoto cumpria uma pena total de 35 anos. Em março de 2018, com 47 anos, ganhou mais uma vez o benefício do semiaberto e foi transferido para o Complexo Público Privado III, em Neves.

Fonte: O Tempo

COMPARTILHAR: