Os membros da geração que hoje estão na casa dos 50 anos experimentaram na infância assistir aos desenhos animados do Scooby Doo. Um cachorro encantador e seu melhor amigo, o Salsicha, que eram medrosos. Apesar de compor uma trupe de solucionadores de mistérios, morriam de medo de fantasmas e monstros, que ao final se mostravam inexistentes.

Quando se pesquisa na internet sobre a evolução do quantitativo de população mundial ao longo da história, constatamos que somente no século 19 se chegou a um bilhão de habitantes. E nos dois séculos que se seguiram superou o marco de 7 bilhões de habitantes.

Neste ambiente populacional, as exigências cada vez maiores de um Estado representativo dos anseios do povo torna-se uma necessidade de aperfeiçoamento na escuta que o Estado deve fazer de seus cidadãos.

A Constituição da República propõe que o cidadão fale diretamente ao Estado por meio de plebiscito, referendo e é claro no processo eleitoral.

O Estado brasileiro precisa evoluir para o uso mais constante do plebiscito e do referendo, que são meios de exercício direto do poder. Devendo ser submetido a esses mecanismos todo tipo de questão que seja polêmica na sociedade como regulamentação do uso de drogas, aborto, e muitos outros. Não consultar o povo por meio de plebiscito já constitui em si um ato autoritário.

O governante deve agir com destemor, permitindo que o povo fale diretamente sobre suas questões e como deseja que ela seja disciplinada nas normas.

A cultura do medo e da covardia gera atitudes autoritárias excludentes. E por isso restringe o uso de plebiscito e referendo. Mais recentemente, os covardes, à moda Scooby Doo, que temem a voz do povo, vêm se insurgindo contra o processo eleitoral brasileiro. Que já mostrou ser capaz de garantir a vontade popular com total lisura e eficiência.

Coordenadas pela justiça eleitoral, as eleições brasileiras realizaram sufrágio universal permitindo a eleição de todos os tipos de governantes, com orientações ideológicas mais diversas. Desde governadores da linhagem dos antigos coronéis até um governador do Partido Comunista do Brasil, as eleições permitiram que todos tivessem acesso ao poder, mostrando a lisura dos procedimentos eleitorais no Brasil.

Aqueles que temem a voz do povo e se acovardam diante da possibilidade do povo não desejar mais que eles permaneçam no governo, incapazes de questionar a lisura do processo eleitoral brasileiro tangenciam, escondendo os maus motivos, atrás de questionamentos que não se explicam e até falam de provas que não apresentam.

É preciso ficar claro que por trás disso está exclusivamente o desejo covarde de permanecer autoritariamente no governo.

Um exemplo de governante covarde que temia as eleições, porque antevia sua própria rejeição pelo eleitor, foi o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.

No Brasil, todas as iniciativas no sentido de questionar os procedimentos eleitorais devem ser de plano rechaçadas para evitar qualquer tipo de pretensão autoritária, lembrando que são questionamentos realizados por aqueles que sempre se mantiveram nas estruturas do Estado utilizando-se desse mesmo processo eleitoral, de forma que se revela a covardia de Scooby Doo, nesses argumentos efetivados, porque representam, exclusivamente, o medo de deixar o poder.

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