A secretária de Saúde, Luiza Flora de Oliveira, fez uso da ?Tribuna do Povo? na Câmara Municipal, durante a reunião de segunda-feira (20). Ela explanou sobre questões relacionadas à saúde pública do município, em atendimento à solicitação feita pelo vereador Reginaldo Henrique dos Santos (Dr. Reginaldo/PCdoB).
Dentre os vários assuntos mencionados, Luiza Flora mostrou os levantamentos do relatório de gestão que deverá ser apresentado até o dia 30 de julho, para o Conselho Municipal de Saúde e encaminhado ao Tribunal de Contas. A secretária contou que há seis meses não realizam exames de endoscopia e colonoscopia, que eram terceirizados, mas serão realizados agora, já que conseguiram um prestador do serviço. A previsão de início dos exames é a partir do dia 1º de julho, em Formiga.
Foram realizados mais de 9 mil exames no laboratório municipal. No Pronto Atendimento Municipal (PAM), foram atendidos 66.805 pacientes. No balanço financeiro, o município gastou com os Programas de Saúde da Família (PSFs) mais de R$5 milhões, destes a administração municipal arcou com R$2,7 milhões.
O vereador José Geraldo da Cunha (Cabo Cunha/PMN) questionou sobre o atendimento do Centro de Apoio Psicossocial (Caps). Luíza Flora explicou que o centro está com o mesmo problema do PAM, na questão de profissionais. ?Licitamos os serviços de psiquiatria. Até o mês passado eu estava com dois psiquiatras atendendo, o Dr. Gilvan e o Dr. Marcelino. Eu estou abrindo agora um outro processo para contratação de profissionais. Estou tendo um problema no Caps, pois estão querendo nos ?empurrar? mais pacientes de outras cidades?.
A secretária falou ainda sobre a unidade móvel que é composta por um consultório odontológico e serve ainda para a equipe se locomover até a zona rural. ?Estamos fazendo um trabalho com as mulheres da zona rural em relação ao preventivo. Em média, são visitados 20 polos, isso em torno de 15 dias retorna aquela unidade?.
Em relação à Casa de Apoio, Luíza Flora explicou que o tema é um sonho do município. ?A própria Secretaria de Estado teria que ressarcir essas pessoas que já ficam lá nesses locais. A secretária da cidade de Arcos me disse que ela tem uma casa locada e só o aluguel dela é R$6 mil, fora os encargos da pessoa que fica lá. Ela teve que fazer uma adaptação no local, pois a casa é antiga. É importante sim termos uma casa lá. É necessário que tivéssemos aqui também um local para acolher as pessoas de outras cidades?.
Indagada pelo vereador José Gilmar Furtado (Mazinho/DEM) sobre o atendimento no PAM, a secretária explicou que os médicos são terceirizados. ?A minha solicitação é de dois médicos e a alegação da empresa é de que não tem profissionais que se interessem em vir trabalhar. Estou solicitando que me façam uma contra proposta, se não estaremos cancelando o contrato. Já fiz essa notificação e eles têm até o dia 25 agora para me dar a resposta.
?Em relação aos enfermeiros, lá tem 4 enfermeiros de nível superior, ai o Coren [Conselho Regional de Enfermagem] vem e está me exigindo um coordenador, ou seja, um quinto enfermeiro e não temos o recurso financeiro para isso. Estou mantendo os quarto e pedindo para fazerem um escalamento, até poder contratar outro?, explicou.
Luiza Flora contou que tem entre 20 e 25 cargos efetivos na secretaria. ?No PAM tenho 5 cargos comissionados e dois técnicos. Em relação ao concurso público, já tem 1 ano e 8 meses que a gente estava pleiteando duas enfermeiras e como eu tinha que seguir o concurso, chegou no último dia, a enfermeira me disse que não queria mais e o concurso venceu. O Coren agora está me exigindo que na Zona Rural também eu coloque um enfermeiro. Por isso que no processo seletivo eu coloquei 3 vagas. Se eu não apresentar um enfermeiro na unidade que está sem, eu vou perder o incentivo, porque tem três meses que não tem enfermeiro nesta unidade, foi por isso que coloquei esse processo seletivo?, ressaltou a secretária.
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