O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cancelou nesta terça-feira (1º), os depoimentos do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) como testemunhas na ação da tentativa de golpe de janeiro de 2023.

Eduardo e Carlos são considerados testemunhas de defesa de Filipe Martins. O ex-assessor do governo Jair Bolsonaro (PL) é um dos réus do chamado núcleo 2 do caso. Eles seriam ouvidos no dia 16 de julho.

A justificativa de Moraes é de que os filhos do ex-presidente já são investigados em outras ações. O STF abriu inquérito para investigar Eduardo por coação no curso do processo por conta da sua atuação nos Estados Unidos.

Já Carlos foi indiciado no inquérito da “Abin paralela”. De acordo com Moraes, as investigações são ligadas ao processo do golpe. Outros cinco parlamentares serão testemunhas de defesa: Marcel Van Hattem, Eduardo Pazuello, Helio Lopes e os senadores Eduardo Girão e Rodrigo Pacheco.

Três ex-ministros do governo Bolsonaro serão ouvidos: Onyx Lorenzoni, que foi chefe da Casa Civil, os senadores Ciro Nogueira e Rogério Marinho, que foram relacionados pela defesa de Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As audiências devem começar pelas testemunhas de acusação. Depois, o tenente-coronel Mauro Cid, que é réu no núcleo 1, será ouvido. Em seguida será a vez das testemunhas de defesa. As audiências foram marcadas dos dias 14 a 21 de julho.

O chamado “núcleo gerencial” é composto por seis pessoas: os delegados da PF Fernando de Sousa Oliveira e Marília Alencar, o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, o ex-assessor Internacional da Presidência, Filipe Martins, o general da reserva Mario Fernandes e o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara.

 

Fonte: Aline Pessanha-Itatiaia

 

 

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