A indústria brasileira de Tecnologia da Informação (TI) deverá precisar de 140 mil profissionais de todos os setores e níveis, em 2013. Esta é uma das conclusões preliminares do primeiro volume do relatório Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva, lançado na quarta-feira (25) em São Paulo.
Segundo o estudo, preparado pelo Observatório da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), o crescimento de trabalhadores assalariados no setor foi de 17% ao ano, de 2003 a 2006, apenas nas empresas cuja atividade fim é a informática.
As empresas de outros setores da economia empregam quatro vezes mais que as de informática, explicou o vice-presidente executivo da Sofitex, Arnaldo Bacha.
Segundo o estudo, o deficit é estimado esperando o crescimento de receita, produtividade e capacidade de contratação de mão de obra. Num cenário focado apenas em serviços, a falta de profissionais qualificados sobe para 200 mil. Na Região Sudeste, onde concentra-se 78,1% da receita líquida do setor, os egressos de graduação são em torno de 36 mil, explicou.
Nas empresas cuja atividade fim não é informática, como bancos e indústrias, por exemplo, são 284 mil, disse a coordenadora do observatório, Virgínia Duarte. Uma das projeções da associação é o crescimento de pessoal em 12,6% ao ano. Estamos observando que o crescimento não é apenas de empregos formais, os chamados celetistas [regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho]. Entre 2003 e 2006, os empregados que trabalham como pessoa jurídica nas empresas cresceu 14,6% ao ano, afirmou.
De acordo com o relatório, 132.510 pessoas se graduaram em cursos superiores da área de Tecnologia da Informação, de 2003 a 2005. Os graduandos em cursos superiores foram mais de 8 mil pessoas de 1996 a 2006 e as ofertas de mestrado cresceram aproximadamente 97,9% ao ano, de 2001 a 2006.

COMPARTILHAR: