O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (13) que a Rússia poderá enfrentar “consequências severas” caso o presidente Vladimir Putin não aceite encerrar a guerra com a Ucrânia. A declaração foi dada após uma reunião por videoconferência com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus, na qual os EUA reforçaram o apoio a um possível cessar-fogo.

Questionado sobre a possibilidade de a Rússia sofrer retaliações caso não avance nas negociações de paz, Trump foi direto: “Sim, eles vão”. Embora não tenha especificado quais medidas seriam adotadas, o presidente norte-americano reafirmou: “Haverá, não preciso dizer, haverá consequências muito severas”.

Durante a videoconferência, Zelensky declarou que os Estados Unidos estão prontos para oferecer suporte diante dos desafios que envolvem a negociação de um cessar-fogo. O presidente ucraniano também afirmou que Putin estaria “blefando” em relação à proposta de paz apresentada.

Donald Trump tem uma reunião marcada com Vladimir Putin na próxima sexta-feira (15), no Alasca, com o objetivo de discutir um possível fim para o conflito iniciado em 2022. A expectativa do governo norte-americano é de que o encontro seja determinante para a construção de um acordo entre as nações.

Em entrevista à imprensa na Casa Branca na última segunda-feira (11), Trump afirmou que Putin “precisa acabar com esta guerra” e disse esperar um resultado positivo das conversas. A agenda com o líder russo ocorre após Putin ter recebido o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, em Moscou. Na ocasião, o Kremlin classificou o diálogo como “construtivo”. A reunião foi motivada por pressões de Trump, que ameaçou aplicar novas sanções caso o encontro direto não fosse agendado.

Após a conversa com Putin, Trump pretende informar Zelensky e os líderes europeus sobre o andamento das negociações. Entre as propostas colocadas à mesa, está uma “troca de terras”, sugerida por Trump. O plano consistiria na cessão, por parte da Ucrânia, de territórios já ocupados pela Rússia, em troca da recuperação de outras áreas, como forma de encerrar a disputa territorial e selar um acordo de paz.

Para Trump, a guerra “nunca devia ter ocorrido”, e sua prioridade é buscar uma solução definitiva para o conflito.

Com informações do Metrópoles

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