Pela primeira vez desde agosto de 2012, uma lua cheia especial vai aparecer em nossos céus – ela é chamada de lua azul, e está marcada para esta sexta-feira (31). O fenômeno relativamente raro ocorre, em média, uma vez a cada dois anos e meio, e só deve se repetir em janeiro de 2018.

Ao contrário do que o nome sugere, é pouco provável que a lua fique, de fato, azulada. O termo teria se originado da expressão em inglês once in a blue moon, usada para designar um acontecimento raro. E como o tipo de evento astronômico que vai ocorrer no último dia de julho é bem incomum e envolve nosso satélite natural, o nome acabou pegando. Mas, afinal, o que há de especial nessa lua cheia?

Ela é atípica porque vai ser a segunda do mês de julho (a primeira aconteceu no dia 2). Normalmente, os meses têm uma única lua cheia, já que o ciclo lunar dura em torno de 29,5 dias. Só que, como nota o site Galeria do Meteorito, se dividirmos este número pelos 365,2 dias do ano, teremos em torno de 12,3 luas cheias anuais. De tempos em tempos, devido ao acúmulo destes “0,3” e à variação do número de dias nos meses (28 a 31), um ano como 2015 acaba tendo 13 luas cheias.

 

Se você queria mesmo era poder apreciar uma incrível lua com tons azulados, não perca as esperanças, pois este fenômeno pode, sim, ocorrer na natureza. E ele até já ocorreu algumas vezes, como em 1883: a catastrófica erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, lançou cinzas que se espalharam por toda a atmosfera terrestre. Elas provocaram o efeito da lua azulada em boa parte das noites daquele ano! Grandes incêndios florestais também podem causar a mesma impressão. Mas é melhor não torcer para que estes desastres aconteçam, não é mesmo?

Revista Galileu

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