O Laboratório de Mineralogia do Unifor-MG recebeu de um empreendedor amostras de kimberlito para estudo e exposição em seus mostruários.

Trata-se de uma rocha ígnea ultramáfica potássica, com teor de sílica abaixo de 42%, composta por olivina, flogopita, diopsídio, serpentina, calcita e pequenas quantidades de apatita, magnetita, cromita, granada, diamante e outros minerais e xenólitos (fragmentos) do manto superior, misturados em sua matriz. A profundidade da fonte para magmas de kimberlito é estimada em 200 km.

As amostras obtidas são classificadas como “brecha kimberlítica”, devido à quantidade de clastos (fragmentos) misturados e resfriados junto ao magma de origem. Essa nomenclatura foi usada para a rocha associada aos diamantes em Kimberley, África do Sul.

O coordenador do laboratório professor Anísio Claudio Rios Fonseca disse que a oportunidade de se ter em mãos a rocha kimberlítica extraída por sondagem é muito rara, já que o kimberlito se altera rapidamente, em termos geológicos.

“O clima quente e úmido contribui para essa modificação, sendo o afloramento da rocha fresca muito raro no Brasil. Geralmente, um em cada cinco pipes de kimberlito pode ser diamantífero. Quando isso acontece, apenas uma porcentagem menor serve para lapidação”.

Após serem triadas, as amostras serão devidamente preparadas, identificadas e expostas no museu do laboratório, para apreciação e estudo da comunidade. O acervo conta com centenas de rochas devidamente identificadas. A composição básica é expressa na ficha de acompanhamento.

Fonte: Unifor-MG

 

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