Com 80 anos de história, completados este ano, a Vale é uma das maiores produtoras globais de minério de ferro e níquel. A empresa opera em 20 países e possui cerca de 120 mil funcionários, próprios e terceirizados, sendo quase 40 mil em Minas Gerais. Mas seu papel vai além da mineração. A empresa conduz uma série de ações sociais e ambientais para melhorar a vidadas pessoas, desenvolver as comunidades onde atua e ser referência em mineração sustentável. A mineração sustentável, entre outras coisas, contribui para a preservação da natureza.

A Vale protege cerca de um milhão de hectares de florestas pelo mundo. É uma área 12 vezes maior do que a ocupada por suas atividades de mineração. E até 2030, a empresa assumiu o compromisso de recuperar e proteger mais 500 mil hectares de florestas.

Para ajudar a transformar a vidadas pessoas, a Vale também investe em cultura. O Instituto Cultural Vale é o maior patrocinador privado do Brasil e de Minas Gerais, por meio de recursos próprios e incentivados. Em 2021, foram aportados R$ 371milhões em 211 projetos apoiados e patrocinados em 160 munícipios brasileiros, para execução em 2022. O fomento à cultura também se faz presente em Minas Gerais, berço da companhia. Em 2021, 51 projetos culturais propostos no estado foram selecionados e receberam o investimento de R$ 116,7 milhões. Entre as iniciativas estão as mostras Vale patrocina o Grupo Corpo e Galpão – de dança e de teatro, respectivamente, e o Festival Literário de Itabira.

A empresa conta ainda com seu espaço cultural próprio, o Memorial Minas Gerais Vale, localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Com uma programação diversa, o Memorial recebeu 37 mil pessoas no primeiro semestre de 2022. Além do fomento à cultura, a Vale apoia projetos sociais de fortalecimento de políticas pública se melhoria na qualidade de vida nas comunidades onde atua em todo o país. Em 2021, foram destinados U$ 95,9 milhões em ações sociais voluntárias com recursos próprios. O foco são projetos estruturantes nas áreas de educação, saúde e desenvolvimento de comunidades autônomas

Meio ambiente

A Vale protege cerca de 13 mil hectares de áreas verdes no Quadrilátero Ferrífero, na região Central de Minas Gerais. Essas reservas desempenham um papel importante para a conservação de espécies da fauna e flora da Mata Atlântica e do Cerrado. Um exemplo é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Mata do Jambreiro, mantida pela empresa. Localizada na encosta da Serra do Curral, em Nova Lima, a reserva de 912 hectares se configura em um bolsão de preservação da Mata Atlântica de alto valor para a conservação na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A Mata do Jambreiro é o habitat de 325 espécies vegetais, 30 de mamíferos, 124 de aves, 38 de anfíbios e dez de répteis. Entre os vegetais, estão o ipê-amarelo, o jequitibá-rosa e a braúna. Entre os mamíferos, o tamanduá mirim e a lontra. A Mata do Jambreiro também desempenha um importante papel na preservação da nascente de diversos córregos que formam o Rio das Velhas, uma das principais fontes de abastecimento de água de Belo Horizonte.

Recentemente, em 4 de outubro, a Vale formalizou, por meio de um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a proteção permanente de 61 unidades de conservação já protegidas pela empresa no estado, sendo uma área verde total de 13 mil hectares. As 61 áreas verdes serão regularizadas entre unidades de conservação, áreas de servidão ambiental e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) de caráter perpétuo em Minas Gerais, nos municípios de Barão de Cocais, Belo Vale, Brumadinho, Congonhas, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Lima, Ouro Preto, Rio Acima, Rio Piracicaba, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. “Este acordo inédito com o MPMG representa um programa estruturado de preservação da natureza, um novo paradigma para a mineração sustentável no Estado, com enormes ganhos para a sociedade”, afirmou Alexandre D’Ambrosio, vice-presidente Executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da Vale.

Amazônia

A Vale também investe em projetos de proteção da Amazônia. Só nos últimos três anos, a companhia aportou mais de R$ 1 bilhão em ações de conservação, pesquisa e desenvolvimento territorial. Há quase 40 anos na região, a empresa ajuda diretamente na proteção deste importante bioma, comum a área de 800 mil hectares, composta por seis Unidades de Conservação e conhecida pelo nome de Mosaico de Carajás, equivalente a 24 vezes a área do município de Belo Horizonte. Alguns dos projetos são viabilizados com recursos do Fundo Vale.

Até hoje foram aplicados, via Fundo, mais de R$ 200 milhões em 90 iniciativas, envolvendo 36 organizações da sociedade civil que atuam em parceria na idealização e execução dos projetos.

O Fundo é responsável pela implementação da Meta Florestal Vale, que prevê recuperar e proteger mais de 500mil hectares até 2030, para além das fronteiras da empresa. Em parceria com a gestora KY-PL, o Fundo Vale colaborou na estruturação do Fundo Floresta e Clima, que pretende mobilizar R$ 200 milhões nos próximos cinco anos. A ideia é atrair para região startups com potencial de desenvolver tecnologias que possam dar escala a projetos de recuperação florestal. A inauguração do fundo, com um porte de R$ 8 milhões, se deu comum a startup que desenvolve suplementos para a saúde a partir de bioativos da floresta amazônica, como o urucum e o camu-camu, uma árvore cujos frutos têm propriedades medicinais, principalmente anti-inflamatórias.

Na cultura, a perspectiva de transformação

 O compromisso da Vale em transformar o futuro passa por fomentar a cultura e democratizar o seu acesso. A empresa vem investindo em projetos culturais e na preservação de patrimônios históricos materiais e imateriais há 20 anos e, recentemente, em 2020, criou o Instituto Cultural Vale, que já patrocinou mais de 500 projetos, que juntos receberam R$ 677 milhões, vindos de recursos próprios e via Lei Federal de Incentivo à Cultura. “Mais do que destinar recursos, nosso intuito é articular projetos onde a Vale atua, promovendo encontros e intercâmbios”, conta Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale. Para ele, acultura deve ser pensada como meio para desenvolver as pessoas e transformar a sociedade.

Como exemplos desses encontros estão os intercâmbios entre participantes do programa autoral Vale Música com orquestras patrocinadas pela mineradora, em concertos icônicos, como a apresentação, no Rock in Rio 2022, da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) com a banda Sepultura. O Vale Música é uma iniciativa para formação musical de crianças e jovens da rede pública de educação nas cidades de Brumadinho (MG), Belém (PA), Serra (ES) e Corumbá (MS). Ao todo, envolve cerca de 250 profissionais e mais de 1.000 aluno sem intercâmbios, aulas e residências artísticas. Além da OSB, a Vale patrocina a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Ouro Preto e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Em Minas, outras iniciativas que também recebem recursos da Vale são o Museu de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; e Museu Boulieu, que foi inaugurado em Ouro Preto, em abril de 2022, com o patrocínio integral do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Localizado no centro da cidade, no antigo Asilo São Vicente de Paulo, o espaço acolhe mais de mil peças da coleção de arte barroca do casal franco-brasileiro Jacques e Maria Helena Boulieu. Para 2023, a intenção, segundo Barreto, é ampliar ainda mais os investimentos na área. “Vamos seguir avançando, comprometidos com acultura brasileira e com a formação de profissionais de cultura alinhados com o desenvolvimento de nossos territórios”, ressaltou o presidente do Instituto Cultural Vale

 Educação e saúde: foco na qualidade de vida

Além de empregos e impostos, uma mineração mais sustentável significa gerar prosperidade para as comunidades ao seu redor. Para isso, a Vale vem apoiando projetos na área de saúde e educação. Na saúde, a Vale atua no fortalecimento da atenção básica. O programa Ciclo Saúde, em parceria com o Centro de Promoção da Saúde (Cedaps) e as secretarias municipais, capacita profissionais, apoia a gestão e doa equipamentos e mobiliários, como mesa ginecológica, cadeira odontológica, balanças infantis e tablets entre outros.

Em 2021, 318 Unidades Básicas de Saúde (UBS) tiveram o projeto implementado em 33 municípios. Em Brumadinho (MG), por exemplo, os equipamentos doados possibilitaram a informatização de todas as UBS e o cadastro digital de mais de 80% da população que é acompanhada pelas equipes de saúde da família. As doações também levaram o atendimento odontológico para todas as regiões do município. Na educação, o programa Territórios em Rede busca enfrentar a exclusão escolar.

O projeto, realizado em parceria com a Cidade Escola Aprendiz, já reinseriu, desde 2020, quase 8 mil alunos nas escolas, em 13 municípios. Em Minas, a busca ativa, por meio de visitas domiciliares, em parceria com as secretarias de educação, ocorre em cinco munícipios: Aimorés, Conselheiro Pena, Governador Valadares, Tumiritinga e Resplendor e reinseriu quase 1.700 alunos. A Vale é também a maior investidora de projetos esportivos no Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte. Em 2021, foram aportados R$ 104 milhões, o que representa 20% do total captado no país.

As iniciativas selecionadas buscam levar desenvolvimento social para as comunidades. Uma delas é o novo polo, em Belo Horizonte, do Instituto Reação, fundado pelo medalhista olímpico Flavio Canto e inaugurado em setembro de 2022. Em parceria como Instituto Arrasta, a primeira unidade em Minas Gerais irá atender cerca de 240 crianças e adolescentes, promovendo integração social por meio do judô.

Em um caminhão elétrico, uma mulher

 Em 1998, pela primeira vez, uma mulher, Ivani Moreira, de 51 anos, dirigiu um caminhão fora de estrada em uma área de mina no Brasil. O veículo era um gigante com motor a combustão. Vinte e quatro anos depois, outra mulher, Dayane Araújo, de 25 anos, é a primeira mulher no Brasil a operar um caminhão fora de estrada 100% elétrico de grande porte, com 72 toneladas.

Ivani Moreira guarda com muito carinho a lembrança de 1998, quando começou a dirigir veículos pesados. E afirma que a luta pelo espaço da mulher em áreas que, aparentemente, não lhe pertencem, permanece. “A luta por espaço, visibilidade, oportunidade e igualdade é diária. Presenciei olhares desconfiados, mas sempre com respeito. Amo dirigir, sou habilitada em várias categorias, de moto acarreta. Me orgulho de ser mulher. Foi preciso muita coragem para abrir caminho às operadoras de hoje”, afirma Ivani Moreira.

Ao assumir a direção do primeiro veículo elétrico de grande porte no país, Dayane Araújo espera dar sequência ao pioneirismo de Ivani Moreira. “Espero me tornar uma referência para as mulheres que, assim como eu, possuem o sonho de serem operadoras de equipamentos pesados”, afirmou Dayane. O caminhão que ela dirige opera na mina de Água Limpa, em Minas Gerais.

Além de não emitir gases de efeito estufa, o equipamento elétrico irá reduzir a emissão de ruídos, minimizando o impacto nas comunidades vizinhas às operações da empresa. Suas baterias possuem capacidade de armazenamento de 525 Kwh, podendo operar sem necessidade de recarrega-mento pelo período de pelo menos um dia.

O veículo faz parte do projeto da empresa de zerar suas emissões líquidas diretas de gases de efeito estufa (escopos 1 e 2) até 2050. Para isso, estima investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões na eletrificação de seus ativos.

Fonte: Sindijori

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