Vereadores de Toledo pedem a cassação do presidente da Câmara Municipal após ele ser acusado de envolvimento sexual com uma menor de idade.
Do total de nove vereadores da cidade, oito pediram a cassação do presidente da casa, Vanderlei Benedito de Souza (PSDB) após ele se envolver em um caso envolvendo uma adolescente de 16 anos.
O registro policial foi feito no dia 16 de abril, quando o assistente social e a psicóloga do Abrigo Municipal de Extrema acionaram a Polícia Militar depois que a adolescente, de 16 anos, abrigada na instituição, ir para a escola e não retornar no horário.
O boletim de ocorrência narra que os responsáveis pelo abrigo vieram mensagens entre essa adolescente e o presidente da câmara nas redes sociais.
A menina chegou ao abrigo após a confecção do boletim de ocorrência e contou aos policiais que estava com o vereador em um motel de Itapeva (MG) e que teriam tido relações sexuais.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e que devido à natureza do fato, a investigação segue sob sigilo.
A Prefeitura de Extrema informou, em nota, que a equipe técnica do abrigo municipal acionou a PM por evasão, protocolo comum que os profissionais seguem. A adolescente retornou no mesmo dia e a PM estava no local. Os motivos da evasão e mais detalhes foram tratados com a PM.
O Conselho Tutelar de Extrema acompanha o caso.
Pedido de cassação
O pedido de cassação do vereador, presidente da Casa, foi feito em reunião do dia 13 de maio. Conforme vereadores, há duas sessões ele não comparece às reuniões.
O pedido de cassação se deu por quebra de decoro, mas ainda não houve a abertura de uma comissão processante. Os legisladores aguardam um parecer jurídico da casa.
No dia 3 de maio, o presidente da Câmara de Toledo negou nas redes sociais ter praticado qualquer crime e disse que as acusações são falsas. Ele alegou perseguição política e disse que irá processar os responsáveis. Vanderlei Benedito de Souza também disse que repudia qualquer ato de pedofilia.
Em nota enviada à produção da EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, o vereador reforçou que se trata de uma questão política com fins eleitorais e que tem pelo menos duas testemunhas que estavam com ele no dia em que ocorreram os acontecimentos narrados na acusação.
A defesa do vereador disse que “até o presente momento nada de concreto foi demonstrado e que, de fato, existe um inquérito policial em andamento. No entanto, não existe nenhum crime a ser apurado”.
A defesa disse ainda que “foi apresentado um pedido de cassação junto à Câmara Municipal, mas o pedido não reúne os requisitos mínimos de admissibilidade para o seu prosseguimento”.
Fonte: G1 Sul de Minas